Segundo a ciência, as árvores são capazes de se comunicar umas com as outras

Curiosidades
há 4 anos

Embora o progresso da humanidade tenha causado, em muitos casos, uma série de danos ao Meio Ambiente, um dos aspectos positivos do avanço da ciência e da tecnologia é o de que, cada vez mais, podemos entender a fundo os animais e as plantas e, assim, trabalhar pela sobrevivência de algumas espécies. Nesse sentido, alguns estudos recentes têm levado a uma mesma conclusão, que tem deixado muita gente curiosa e boquiaberta: as árvores são capazes de ouvir e até de sentir.

Sim, você leu corretamente. Mas isso não ocorre da mesma forma que em nós, humanos, e nos animais. Nem se trata de algo de fantasia, como no filme Avatar.

Incrível.club mostrará, neste post, como as árvores são capazes de manter “conversas” entre si.

Florestas são grandes redes de informação

O que vemos acima do solo, seus troncos, galhos e folhas, é apenas parte dos ecossistemas florestais. De acordo com um estudo realizado pela Universidade Sueca de Ciências Agrícolas, existe uma rede de informação sob a terra, que responde a estímulos externos.

Por meio de diferentes substâncias, as várias espécies de plantas que coexistem em cada ecossistema são capazes de se comunicar. Isso significa que, se encontram algum tipo de perigo, como uma praga, elas podem alertar outras árvores da “comunidade”, para que preparem seus sistemas de defesa. E tudo isso acontece sob os nossos olhos, no subsolo.

O poder das raízes

A professora Suzanne Simard, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, realizou um outro estudo em que descobriu como as raízes são parte fundamental na intercomunicação das árvores nas florestas canadenses. Graças a isso, grandes redes de comunicação são criadas sob o solo, permitindo que as árvores passem nutrientes, água e proteção para plantas que necessitem deles, caso haja um ambiente hostil na superfície.

As antigas cuidam das mais jovens

Nesse cenário, as plantas mais antigas de uma floresta são conhecidas como “árvores mãe”. Graças a essa comunicação, elas são capazes de ajudar as mais jovens a crescer. Um estudo da Universidade de Sunshine Coast, em Queensland, na Austrália, mostrou que, por meio das raízes, as plantas mais novas recebem informações e suprimentos das mais velhas. Isso é feito por meio de elementos como o carvão.

Elas os recebem em quantidades que as ajudam a melhorar suas defesas e a desenvolver melhores condições para enfrentar os desafios apresentados pelo mundo externo, como pragas ou mudanças no clima. Da mesma forma que ocorre com algumas espécies mais desenvolvidas de animais, a ajuda das mães equivale a uma espécie de ensino para as mais novas. Esse “conhecimento” em relação às condições do ambiente, fundamental para a sobrevivência das espécies, vai sendo transmitindo de geração para geração.

Os fungos também têm uma função especial

Entre as substâncias e os nutrientes que as plantas compartilham em suas “conversas” por meio das raízes, estão os lipídeos — basicamente, uma forma de gordura. E os responsáveis por agir nesse caso, são os fungos, que facilitam o metabolismo desses lipídeos pelas plantas. Os fungos se formam na superfície graças à alta umidade nas raízes das árvores.

Quando metabolizados, os lipídeos são convertidos em uma substância conhecida como oxylipin, responsável por regular algumas respostas das plantas a situações como o stress causado por ataques patogênicos ou por agentes tóxicos. Além disso, essas substâncias fortalecem suas defesas e ajudam a regular a polinização.

O altruísmo é a base da sua comunicação

Segundo o estudo da professora Suzanne (do Canadá), essa comunicação entre as plantas cria um ambiente que gera mudanças em seu comportamento, suas defesas e sua genética. As redes se manifestam em ecossistemas inteiros, não apenas em pequenas comunidades vegetais que enviam e recebem mensagens o tempo todo para fortalecer e impulsionar sua reprodução. Ou seja, a comunicação entre as árvores é centrada no altruísmo e na cooperação para preservar a vida de suas vizinhas e das futuras gerações.

Você acha que podemos aprender algo com as árvores? Devemos mudar nosso comportamento em relação às florestas e aos parques? Queremos ler seus comentários.

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