Escolas que, com suas ações, nos fazem voltar a acreditar na humanidade

Curiosidades
há 4 anos

Depois que chegamos à idade adulta, é normal nos tornarmos um pouco céticos em relação às pessoas e ao mundo, em geral. Parece que ficamos um pouco mais frios e deixamos de ter aquela esperança dos jovens de que as coisas irão melhorar e o Planeta será “curado” de tantos problemas. Mas o fato é que existe muita gente que não perde a fé na humanidade e que segue acreditando e, muitas vezes, colocando a mão na massa para que as coisas melhorem.

Se você é uma dessas pessoas que estão desanimadas e não veem muita esperança de o mundo melhorar, Incrível.club tentará restabelecer sua fé com estes exemplos inspiradores. Confira só!

1. Na Espanha, existe uma matéria escolar que ensina o respeito pelos animais

Com a finalidade de gerar atitudes de respeito e carinho por todos os seres vivos, a comunidade de Aragão, na Espanha, colocou em prática um programa educativo chamado Mundo Animal, que busca “mostrar que a violência exercida contra os animais é desprezível, da mesma maneira que a violência motivada por origem ou orientação sexual” — manifesta o documento oficial.

O programa, implementado desde dezembro de 2018, oferece uma nova disciplina ministrada em todos os níveis de ensino da comunidade, chamada de “Respeito aos animais”. O objetivo da matéria é “integrar também no âmbito acadêmico uma educação que parte do princípio de respeito aos animais e que mostre também seus interesses e necessidades, fazendo da educação a melhor ferramenta para fomentar atitudes de conhecimento e respeito e que, definitivamente, melhorem a convivência em nosso entorno”.

2. Uma escola da Coreia do Sul abre suas portas às crianças e também às pessoas da terceira idade

Na Coreia do Sul, a taxa de natalidade vem diminuindo nas últimas décadas, situação que fez com que muitas escolas enfrentassem uma grande crise pela falta de estudantes. Uma dessas escolas, em Daegu, no sudeste do país teve o número de estudantes reduzido de 90 na década de 1980 para 22 atualmente, gerando uma enorme ociosidade na estrutura da escola. Isso levou toda a comunidade educativa a tomar algumas decisões sobre o assunto. “Percorremos localidades em busca de crianças que pudessem se matricular, mas não havia nenhuma”, conta Lee Ju-young, diretora da escola.

A solução? Abrir espaços para pessoas da terceira idade que, por infelicidade do destino e por diferentes motivos, não tiveram a oportunidade de ir à escola em sua época. Sob o lema “Não há nada de errado com a minha idade”, esses sul-coreanos da melhor idade têm se superado em busca de um conhecimento ao qual, antes, não tiveram acesso.

3. Em um país pobre da África, uma escola integra educação com preservação do Meio Ambiente

No Zimbábue há uma escola de ensino fundamental chamada Sihlengeni frequentada em sua grande maioria, por crianças de origem humilde e cujas famílias se dedicam, sobretudo à agricultura de subsistência. Até aí, nada muito diferente da triste realidade de muitas escolas do continente africano. A diferença é que, aqui, é ensinada aos alunos uma forma diferente de lidar com o solo — e já conhecida por muitos agricultores brasileiros -, a chamada permacultura.

Adotado pela escola, esse conceito transformou toda a comunidade de uma maneira ecologicamente racional, economicamente viável e socialmente justa. A permacultura visa a integrar as atividades humanas com o ambiente, de modo a criar ecossistemas autossuficientes e, ao mesmo tempo, eficientes. Levado para o dia a dia da escola, esse modelo significa ensinar aos estudantes a importância de manter o ambiente limpo e de preservar as fontes de água e dos demais recursos naturais. Eles aprendem, por exemplo, a cultivar e a cuidar de árvores e a conhecer o solo para reduzir a degradação e o desmatamento. Também foram introduzidas diversas atividades relacionadas à melhoria das condições de vida da comunidade, como a criação de aves, a produção de geleias artesanais e a recuperação das florestas.

4. Em uma escola dos Estados Unidos, instalou-se uma lavanderia para combater o bullying

Na escola preparatória West Side High School, da Nova Jersey, foi instalada uma lavanderia com o objetivo de erradicar as perseguições na escola. Como? Bem, a história é um pouco longa, mas faz todo sentido. Como a instituição se encontra em uma região pobre, a maioria dos estudantes não conta com roupas limpas para ir às aulas bem-arrumados. Essa situação provocava piadas e humilhações com aquele que assistiam às aulas com roupas sujas.

Akbar Cook, diretor da escola, comentou que 85% dos alunos que faltam as aulas apenas o fazem por esse tipo de perseguição. Calcula-se que, em média, um estudante pode faltar no colégio entre 3 e 5 vezes ao mês por se sentir incomodado com a própria roupa. Por isso, para evitar ambas situações (o absenteísmo e o bullying), a escola tomou a decisão de instalar uma lavanderia gratuita que, por sua vez, também ajuda os jovens a aprenderem a se virar. Como você pode perceber, uma mudança simples pode fazer uma enorme diferença.

5. No Brasil, uma escola transforma os resíduos em gás de cozinha

Uma escola de Ensino Fundamental de Ilhabela, litoral de São Paulo, instalou um biodigestor, sistema que transforma resíduos orgânicos em biogás e em fertilizantes orgânicos líquidos. Essa tecnologia é positiva em dois aspectos: diminui a geração de lixo (fundamental em qualquer lugar, mas mais ainda em um paraíso ecológico, como Ilhabela) e, na outra ponta, gera gás de cozinha, utilizado na preparação de alimentos.

Por enquanto, o sistema processa cerca de 10 quilos de lixo e resíduos por dia, mas a ideia é a de que mais três ou quatro biodigestores sejam instalados, de modo a dar conta de toda a produção da escola, que é pioneira na América Latina nesse tipo de destinação de resíduos. “São iniciativas para que o aluno participe, envolva-se e entenda o que é o gás e o biodigestor. Dessa forma, nossos estudantes podem vivenciar o que é o resíduo, a importância de tratá-lo de forma correta, e em que esses resíduos podem se transformar, como adubo, gás e energia elétrica”, diz Maria Salete Magalhães, secretária da Secretaria de Meio Ambiente.

6. Na África, o lixo das escolas é reutilizado com um pouco de criatividade

Algumas escolas na África se beneficiam de um programa chamado Sanitation for succes (saneamento para o sucesso), financiado pela União Europeia, cujo objetivo consiste em melhorar em todos os sentidos suas instalações e mantê-las em bom estado de conservação, assim como seu entorno, criando uma espécie de economia circular — ou seja, aproveitar ao máximo os recursos e, depois, reutilizá-los, diminuindo a produção de lixo.

As escolas que participam do programa ensinam os estudantes a fazer um bom uso dos recursos, desde como usar o banheiro e lavar as mãos até a soltar a imaginação na hora de reutilizar o que poderia ser descartado. Entre as iniciativas dos estudantes estão a confecção de tapetes com tampas, o uso de garrafas PET para delimitar o espaço de um jardim e o emprego de pneus descartados para todo tipo de “projeto”, como a construção de bancos. O programa conseguiu aumentar o acesso a serviços sanitários em algumas comunidades pobres da África.

7. Nos Estados Unidos, uma escola suspende todos os anos atividades para receber uma mãe pato e seus patinhos

Há 13 anos, a escola Village Elementary School, em Hatlang (Michigan — EUA), fecha suas portas aos estudantes para abri-las exclusivamente a Vanessa, uma mamãe pato que, todos os anos, constrói seu ninho e põe seus ovos no pátio. Em seu primeiro ano, ela teve alguns conflitos para atravessar o corredor e fazer seu percurso, mas, ao perceber que, todos os anos, a pata escolhia a escola como maternidade, Ruth Darra, uma professora, investigou o assunto e descobriu que, um ou dois dias depois de nascerem, os filhotes buscariam um corpo de água (um lago ou um rio, por exemplo). Mas, naquele ambiente, não havia um caminho para os bebês.

Por isso, pelo bem da família pato (e com a compreensão de todos os alunos), os corredores e toda a área são bloqueados, para que os patinhos consigam sair. Ao todo, eles levam cerca de três minutos para deixar a escola.

Todo o ato de humanidade merece ser reconhecido, ainda mais aqueles que servem de exemplo para as crianças e, assim, contribuem para um futuro melhor. Qual sua opinião sobre esse tipo de iniciativa? Conhece alguma outra escola que conte com programas de humanidade, consciência e respeito pela natureza? Conte-nos na seção de comentários!

Imagem de capa nytchangster / Twitter

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