Cientistas chegam perto de decifrar mistério dos sinais espaciais

há 5 anos

O começo de 2019 veio trazendo algumas notícias bem interessantes. Astrônomos descobriram 13 emissões de ondas de rádio de alta velocidade oriundas do espaço sideral. Mas a parte mais impactante dessa descoberta é que uma dessas 13 “rajadas” de rádio é um sinal de repetição bastante incomum.

Ela vem de uma fonte situada a cerca de 1.500 milhões de anos-luz de distância. Especialistas continuam debatendo sobre a origem desse sinal, mas já existem várias teorias abordando o assunto.

Nós, do Incrível.club, estamos sempre atentos a novas e curiosas descobertas. Por isso, decidimos compartilhar com você tudo que já se sabe sobre isso.

Um fenômeno inesperado

Esses sinais estão entre os fenômenos mais estranhos no universo. São pulsações de ondas de rádio de vêm de algum ponto muito distante de Via Láctea, a nossa galáxia. As rápidas rajadas de ondas de rádio foram detectadas pela primeira vez em 2007, quando astrônomos examinavam dados de arquivo do Radiotelescópio Parkes em busca de novas pulsares, que são estrelas magnetizadas de nêutrons. Só que eles acabaram encontrando informação sobre um fenômeno totalmente novo: uma rápida rajada de onda de rádio.

Desde então, os astrônomos vêm encontrando dados sobre mais seis fontes de sinais de rádio nas informações arquivadas do Telescópio Parkes, situado no leste australiano. E foi descoberta mais uma rajada em dados do Telescópio de Arecibo, em Porto Rico. E em janeiro de 2015, os estudiosos observaram uma rajada de rádio ao vivo pela primeira vez. Isso aconteceu no Observatório de Parkes, na Austrália.

Telescópio CHIME

Os astrônomos acreditam que mais de mil fenômenos desse tipo ocorram diariamente, só que uma pequena parcela é detectada. Contudo, essa situação pode mudar em breve. Em agosto de 2017, foi concluída a construção do telescópio CHIME. Revolucionário, ele fica situado no Observatório Radioastrofísico Dominion, na Colúmbia Britânica, Canadá.

telescópio CHIME não tem partes móveis. Ele foi criado para mapear o hidrogênio, elemento químico mais abundante no universo. Esse processo de mapeamento pode ajudar os cientistas a entenderem melhor a energia escura que está acelerando a expansão do universo.

O novo dispositivo altamente incomum consiste de quatro antenas semicilíndricas fixas de 91,4m de largura. Tais antenas conseguem escanear o céu visível o tempo todo. O telescópio tem uma ampla cobertura de frequência (de 400 a 800 MHz), além de um grande campo de visão (mais de 200 grados quadrados). Isso faz com que o CHIME seja o único telescópio capaz de detectar rajadas rápidas de ondas de rádio.

O que se espera?

O dispositivo único já descobriu novos sinais. Os astrônomos esperam que o telescópio seja capaz de gravar mais de uma dúzia de rajadas de rádio por dia. E apesar de as ondas rápidas de rádio mais recentes provavelmente não terem partido de pontos mais distantes do que outras, podem ter sofrido algum tipo de alteração caso tenham passado através de plasma ou gás quente em seu caminho em direção à Terra.

Por isso, é possível deduzir que esses 13 sinais podem ter surgido em algumas regiões turbulentas de suas galáxias locais, por exemplo, em algum lugar perto de um buraco negro ou perto de remanescentes de uma supernova de alta densidade.

Até hoje, os astrônomos não chegaram a nenhuma conclusão sobre as causas das rajadas rápidas de ondas de rádio. Só que teorias sobre o assunto não faltam.

Teoria 1

Uma das possibilidades pode ser a colisão de duas estrelas de nêutrons. Esse cenário funciona apenas para sinais individuais de rádio. Quando as estrelas se chocam, acabam se destruindo. É por isso que não podemos ver flashes repetidos de rádio. Por outro lado, a maioria das rajadas rápidas de rádio descobertas nos últimos anos foram vistas apenas uma única vez. Depois disso, elas simplesmente sumiram.

Teoria 2

Outra alternativa é a participação de um buraco negro no surgimento das rajadas rápidas de rádio. As ondas eletromagnéticas que criam sinais de rádio obedecem a um padrão único. Isso pode significar que elas vêm de um lugar com um campo magnético incrivelmente forte. Essa área pode ser encontrada ao lado de grandes buracos negros, como os que ficam no centro das galáxias.

Teoria 3

A fonte de rajadas rápidas de rádio pode ser uma estrela giratória de nêutrons girando. Ela fica num lugar com um entorno magnético extremo, por exemplo, um buraco negro que suga poeira e gases e que, por isso, está crescendo.

Teoria 4

Um blitzar é uma estrela giratória de nêutrons que não consegue mais suportar o próprio peso e, depois do colapso, forma um novo buraco negro. Teoricamente, esse processo poderia produzir rajadas rápidas de rádio. Porém, por outro lado, um acontecimento desses significaria o desaparecimento da estrela. Portanto, o processo só poderia ser fonte de sinais individuais de rádio.

Teoria 5

A origem da maioria das rajadas rápidas de rádio é completamente natural. Mas a existência dos repetidores faz com que algumas pessoas acreditem que elas são emitidas por uma civilização alienígena. Os apoiadores da ideia consideram que esses sinais são provas da ação extraterrestre.

O que você acha sobre esse assunto? Acredita que os sinais de rádio que viajam pelo espaço são emitidos por ETs? Deixe um comentário com suas impressões!

Imagem de capa GENIAL / Youtube

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados