Motivos pelos quais os dinossauros podem ter sido extintos, e eles não têm nada a ver com um meteoro

Animais
há 4 anos

Quando pensamos nos animais mais incríveis que já existiram, certamente os dinossauros vêm à nossa mente. São criaturas que até hoje causam muita controvérsia entre a comunidade científica, já que se sabe pouco a respeito da existência deles. Por isso, a ciência vem tentando reconstruir a passagem dos “dinos” pela Terra, esclarecendo o maior número possível de dúvidas e proporcionando mais conhecimento sobre animais tão intrigantes.

Se você faz parte do grande grupo de pessoas que pensa que o impacto de um meteoro na Terra acabou com a vida dos dinossauros, o Incrível.club revela dados curiosos obtidos em pesquisas sobre a extinção dessas enormes criaturas.

A teoria sobre o meteoro que acabou com os dinossauros

Uma grande polêmica se instalou diante das tentativas de descobrir que acontecimento catastrófico poderia ter acabado com esses animais, que pareciam tão “durões”. Vários estudos foram realizados com o objetivo de explicar o fato. Entre os mais importantes está aquele realizado por Luis Álvarez e seu filho, Walter, que foi apresentado nos anos 1980. Nele, os autores tentam explicar como mais de três quartos das espécies de seres vivos desapareceram da Terra há 66 milhões de anos. A grande maioria dos dinossauros estava entre as vítimas da catástrofe.

Os estudos de Luis e Walter demonstraram que, à época, havia grandes quantidades de irídio, um material pouco comum na crosta terrestre, mas que é abundante em asteroides e meteoros. Por conta disso, passou-se a defender que um meteoro caiu na Terra e acabou com os “dinos”. Os pesquisadores calcularam que a rocha em questão teria cerca de 10 km de diâmetro. Algum tempo depois, a teoria ganhou mais força com a descoberta de uma cratera na península de Yucatán, México, com características que coincidiam com as estimativas.

Estudo 1: após o impacto do meteoro, os dinossauros viveram um período de escuridão que durou dois anos

Um grupo de estudiosos do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), nos EUA, em conjunto com a Universidade do Colorado em Boulder (também nos EUA), desenvolveu um modelo por computador que ajudou a reconstruir os meses que se seguiram à queda do meteoro. A iniciativa mostrou que não foi o impacto que acabou como toda uma gama de animais, e sim as consequências dele. Por meio dos programas de computador, a equipe recriou as possíveis condições surgidas após o incidente.

A alteração mais importante foi provocada pela enorme quantidade de cinzas decorrentes de incêndios florestais. Elas deixaram o Planeta na mais total escuridão por cerca de dois anos, o que derrubou consideravelmente as temperaturas e impossibilitou a realização da fotossíntese. Além disso, a colisão provocou terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas. “A extinção de muitos dos grandes animais da Terra pode ter sido causada pelas consequências do impacto, mas os seres que viviam nos oceanos, aqueles que podiam se esconder ou permanecer temporariamente embaixo da água, podem ter sobrevivido”, diz Charles Bardeen, cientista do NCAR e responsável pelo estudo.

A teoria das erupções vulcânicas

Já há algum tempo, existem defensores de uma teoria segundo a qual uma série de erupções vulcânicas foi a causa da extinção, crença que não descarta as provas do impacto do meteoro, e sim argumenta que ambas as condições ocorreram em conjunto ou como consequência. As erupções ocorreram no Planalto do Decão, na Índia, cuja origem, por sua vez, é associada a potentes erupções que duraram milhões de anos, lançando lava a grandes distâncias (a pelo menos 500 km). Isso teria ocorrido há cerca de 60 mil anos, período em que os dinossauros foram extintos.

Segundo a teoria, aquelas erupções criaram uma série de condições que resultaram na extinção. A crença foi reafirmada por dois novos estudos publicados recentemente.

Estudo 2: as erupções teriam ocorrido antes do impacto do meteoro

Nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade de Princeton desenvolveram um método de datação que usou como referência o tempo que o urânio leva para se desintegrar e virar chumbo. O estudo concluiu que as taxas máximas de erupção aconteceram antes e depois da extinção dos dinossauros, então aquelas ocorridas perto do Decão começaram dezenas de milhares de anos antes do impacto do meteoro.

Segundo o estudo, os gases emitidos pelas erupções provocaram um aquecimento global durante um período considerável, o que teria obrigado várias espécies a evoluir e a se adaptar às condições de vida sob altas temperaturas. Depois, o Planeta passou por um resfriamento global que não foi suportado por diversas espécies existentes na Terra à época.

Estudo 3: o impacto no México provocou as erupções

Outro estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, apresentou algumas variações no período em que tudo aconteceu. A pesquisa usou argônio radiativo, com o qual foi realizado um cálculo sobre a época em que as erupções ocorreram. O período coincidiu com aquele em que os dinossauros foram extintos.

“Eu diria, com grande confiança, que as erupções aconteceram nos 50 mil anos seguintes, e talvez 30 mil anos após o impacto, o que significa que os fenômenos foram sincronizados”, afirma Paul Renne, diretor do Centro de Geocronologia de Berkeley e um dos autores do estudo. “Essa é uma importante validação da hipótese de que o impacto despertou os vulcões”.

O fato é que os estudos que citamos acima reafirmaram a grande importância das erupções vulcânicas na Índia, determinantes para a extinção dos dinossauros.

Em sua opinião, qual teoria faz mais sentido? Como o nosso Planeta seria hoje caso aqueles grandes animais não tivessem desaparecido? Comente!

Ilustrador Leonid Khan exclusivo para Incrível.club

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