Saiba a melhor maneira de descartar seu lixo eletrônico

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há 5 anos

Todos os anos, cada brasileiro gera, em média, 8 quilos de lixo eletrônico. São TVs, baterias, computadores, notebooks, celulares, brinquedos, eletrodomésticos tais como geladeiras, máquinas de lavar e micro-ondas que, se descartados de forma errada, podem produzir graves problemas ao ambiente e também à saúde.

Incrivel.club mostra para você a melhor forma de se livrar dos eletrônicos usados sem provocar problemas. Confira.

O tamanho do problema

Um relatório produzido pelas Nações Unidas alertou que o mundo precisa cuidar urgente do seu lixo eletrônico. Em todo Planeta, foram produzidos quase 45 milhões de resíduos desse tipo de aparelhos em 2016. Nas Américas, o Brasil, com 1,5 mil toneladas, ou 8 quilos por habitante, fica atrás apenas dos Estados Unidos. O problema é que a maior parte de celulares quebrados, computadores sem condições de uso e geladeiras velhas vão parar simplesmente no lixo comum, o que afeta a qualidade do solo e das águas onde é jogado.

Existem mais celulares que pessoas no Brasil

Um levantamento da Anatel, a agência que controla as telecomunicações no Brasil, indica que existem mais de 236 milhões de telefones celulares ligados, mais do que os quase 30 milhões a mais do que a população do País — 209 milhões de habitantes. O mercado de eletroeletrônicos no país é muito forte. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) ele gera R$ 136 bilhões ao ano em todo País, cifra que daria para construir quase 100 estádios do Corinthians, por exemplo. Ainda segundo dados da entidade, por ano, são vendidos perto de 48 milhões de celulares, e outros 3,5 milhões de notebooks. Um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) indica que cinco em cada seis brasileiros possuem computador ou notebook, e, até 2020, todos terão.

Aparelhos têm produtos químicos prejudiciais à saúde

Um dos principais danos causados pelo descarte de computadores, celulares, e outros equipamentos no lixo comum é o causado pelos metais pesados das baterias, que contamina ainda mais os aterros sanitários. A lógica é a de que, contaminando o solo, tais metais vão parar nos lençóis freáticos, e, com isso, contaminarão plantas, alimentos, animais e o próprio homem.
Um único celular pode contar até 15 metais diferentes, entre eles os pesados, tais como mercúrio, chumbo, níquel e cromo. Se esses metais forem misturados à água, podem provocar desde dores de cabeça, passando por inflamação nos pulmões e até paralisia das mãos e danos a visão.

Descarte para os próprios fabricantes

Antes de abrir mão de seu celular ou computador, confirme se ele está em condições de ser usado por uma outra pessoa de sua família ou mesmo alguém de sua comunidade. Caso contrário, você pode devolvê-lo à fabricante. Muitas fabricantes de computadores, notebooks, geladeiras e outros aparelhos oferecem serviços de coleta, tais como a Dell, Le Novo, LG, Motorola, Sony, Samsung, Positivo e a Epson. Se a fabricante do seu equipamento não for nenhuma dessas, entre em contato com ela por meio do site e se informe.

ONGs e empresas recebem produtos

Várias ONGs e empresas também atuam na coleta de equipamentos eletrônicos gratuitamente. Entre elas estão a Descarte Certo e a Sucata Digital. O ECycle é um dos melhores portais brasileiros sobre o assunto e nele é possível saber qual empresa, ONG ou serviço público realiza coleta e reciclagem perto de sua casa. Para isso, basta digitar qual é o tipo de equipamento que você deseja doar e digitar o CEP. No caso de empresas, é possível fazer o mesmo com a Recicladora Urbana.

Reciclagem pode virar fonte de renda

Os equipamentos eletrônicos “escondem” verdadeiras riquezas, e, para fabricar alguns, são necessários inclusive o uso de prata e até ouro. Cerca de 80% de um celular pode ser reciclado e seus produtos podem virar joias, brinquedos e até vassouras.

Em pilhas é usado o zinco e manganês, úteis, por exemplo, na agricultura. De olho nisso, muitos já começaram a lucrar com a reciclagem do lixo eletrônico. O maior exemplo vem de alguns comerciantes da rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, que vendem equipamentos eletrônicos de segunda mão. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) oferece inclusive um curso para quem quiser empreender no negócio.

E você, tem alguma dica sobre como se desfazer de equipamentos eletrônicos quebrados ou usados? Conte pra gente.

Imagem de capa Skitterphoto/Pixabay

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