O que não é mostrado aos turistas nas ruínas das cidades maias

há 1 ano

A civilização maia deixou para trás diversos mistérios que ainda estão escondidos em grandiosas estruturas e em centenas de símbolos. E nem todos esses segredos foram investigados a fundo. A cada ano, arqueólogos e pesquisadores, com a ajuda de aparelhos super modernos, tentam trazer à tona aquilo que está oculto entre as paredes dos templos maias ou descansando nas profundezas de cavernas sagradas.

O Incrível.club analisou informações atualizadas sobre essa antiga civilização e descobriu que alguns segredos das ruínas maias não são revelados pelos guias turísticos aos visitantes comuns.

Antes de viajar para Cancún (região que abriga boa parte das ruínas), leia este post.

1. Templo de Kukulcán, Chichén Itzá

A famosa pirâmide era assim, quase totalmente escondida pela selva, como nessa foto de 1880. Kukulcán contava com 9 plataformas e 4 escadas, e a quantidade total de degraus correspondia ao número de dias do ano.

Nos dias de equinócio de outono e primavera, a partir das 5 da tarde, é possível observar a sombra de uma serpente nas pedras de parte da pirâmide. Em março, a sombra é transferida para a parte de cima, e em setembro, para baixo. A ilusão continua durante 3 horas e chama a atenção dos turistas que vão até o local para conferir esse fenômeno único.

Outro mistério dessa antiga estrutura maia está escondido em seu interior. Retirando a camada superior de pedras, é possível encontrar uma pirâmide menor e, dentro dela, uma terceira, a menor de todas, com um cômodo secreto. Mais recentemente, um estudo tomográfico do solo revelou um lago subterrâneo a 20 metros sob a base da pirâmide. Os arqueólogos acreditam que, num futuro próximo, o lago pode provocar a erosão do solo, levando à destruição da pirâmide.

A pirâmide serve também como uma espécie de amplificador. Quando as pessoas subiam as escadas, dentro da construção eram ouvidos sons que lembravam os gritos emitidos pelas aves quetzal, consideradas sagradas pelos maias e que habitam aquela região. Mas após 2006, quando ocorreu um acidente com uma turista que caiu das escadas, a pirâmide foi fechada para o público. Hoje, só é possível admirá-la de fora.

A famosa pirâmide fica a cerca de 2 horas de carro de Cancún e é um programa imperdível para quem visita o famoso balneário mexicano.

2. Cavernas de Balancanché

Um lugar que geralmente não é incluído na rota turística clássica em Chichén Itzá, mas que se destaca por seu mistério, assim como as pirâmides, são as cavernas de Balancanché. Elas ficam a 3 quilômetros dos templos maias. O nome do local é traduzido como “o trono do Santo Jaguar”, onde os antigos moradores celebravam seus rituais religiosos há mais de 3 mil anos.

Em 1959, o vigia do sítio de Chichén Itzá José Umberto Gómez encontrou uma entrada oculta em uma das galerias da caverna. Atrás dessa entrada estava o santuário maia, que abriga o Altar do Jaguar e vários artefatos antigos.

Uma das grutas mais famosas da caverna é a Sala da Árvore do Mundo. No modelo tridimensional acima, você pode ver toda a gruta, com uma enorme coluna de pedra calcária no meio, simbolizando a árvore maia, tida como o eixo do mundo, que conectaria os mundos subterrâneos aos celestiais.

3. Cenote Ik-Kil

No caminho de volta de Chichén Itzá para Cancún, os ônibus com turistas costumam parar no sagrado cenote maia de Ik-Kil, que os nativos antigos usavam como local de sacrifícios.

A uma profundidade de 40 metros, os arqueólogos descobriram ossos humanos e decorações de antigos templos maias. Hoje, vários visitantes tomam banho ali tranquilamente.

4. Pirâmide Nohoch Mul, Cobá

É impossível planejar uma viagem pelas ruínas maias sem incluir uma escalada nas dezenas de pirâmides e fazer fotos incríveis. Por isso, a cidade de Cobá é parada obrigatória. Por lá, você encontra a pirâmide de 42 metros chamada Nohoch Mul. Para chegar ao topo é preciso subir 120 degraus bem íngremes.

Caso consiga escalar a pirâmide, terá diante de si uma encantadora visão da antiga cidade maia, vendo também uma pequena sala ritualística com um altar, onde eram realizados sacrifícios.

5. Antiga cidade de Tulum

A única cidade maia construída nas margens do Mar do Caribe fica nos penhascos de 12 metros no litoral leste da península de Yucatan. Tulum era conhecida anteriormente como Sama, que quer dizer “cidade do amanhecer”. Diferentemente de outras antigas cidades maias, Tulum era rodeada por um muro intransponível, que defendia as populações nômades do norte.

Além dos monumentos antigos, os turistas são atraídos até o local pelas extensas praias de areias brancas, com água azul turquesa e clima ameno durante o ano inteiro.

6. Pirâmide do Adivinho, Uxmal

Com 4 metros de altura, a Pirâmide do Adivinho é o lugar de maior interesse turístico na antiga cidade de Uxmal. Ela é conhecida também como “Castelo do Anão”. Na verdade, não se trata de uma pirâmide, e sim de 5 delas, construídas umas sobre as outras no decorrer de vários séculos. Segundo a antiga tradição maia, o mago Itzamna ergueu uma pirâmide em apenas uma noite, transformando-se no governante local.

7. Templo das Inscrições, Palenque

O templo foi construído sobre a tumba do antigo governante local, e é decorado internamente com 617 hieróglifos, e alguns deles não foram decifrados até hoje. Na parte superior da pirâmide existe uma grande estrutura com três cômodos. Numa delas, em 1949 foi descoberto um túnel secreto que leva à tumba de Pakal, cheia de relíquias e tesouros antigos.

A entrada na tumba é proibida, mas uma cópia exata da câmara foi recriada no Museu Nacional de Antropologia do México.

8. Cidade maia de Yaxchilan

As ruínas da cidade de Yaxchilán ficam a 4 horas de Palenque, na fronteira com a Guatemala, em pleno coração da floresta. Até recentemente, não existiam estradas num raio de 150 quilômetros da cidade. As pessoas só podiam chegar até lá de avião, mas em 1990 o governo mexicano construiu uma rodovia e facilitou o acesso dos turistas. Por lá, é possível explorar cerca de 50 construções antigas, ver uma coleção de esculturas e tentar decifrar por conta própria os misteriosos hieróglifos.

9. Murais de Bonampak

Outra cidade antiga que fica perto de Yaxchilán foi descoberta em 1946 pelo fotógrafo americano Giles Hill. “Bonampak” significa, na língua maia, “muro pintado”, que talvez tenha dado à cidade seu nome atual. Hoje em dia, o lugar é conhecido em todo o mundo por seus antigos murais, que ficam em um dos templos do complexo. Eles representam governantes maias, dançarinos, músicos, cenas de guerra e de sacrifício.

10. Templo do Grande Jaguar, Tikal

A antiga cidade foi descoberta em 1848, e a entrada oculta da tumba de um dos governantes de Tikal só foi encontrada em 1962, no Templo do Grande Jaguar. Os arqueólogos entraram na tumba por meio do teto do templo, onde havia um túnel secreto. Ali, os pesquisadores encontraram peles de onças (jaguares), pérolas e joias, incluindo um colar de 4 quilos.

Para celebrar o fim do ano segundo o calendário maia, em 21 de dezembro de 2012 os descendentes daquele povo realizaram uma cerimônia de fogo em frente à praça principal da cidade, que foi visitada por mais 3 mil pessoas na ocasião.

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