15 Restrições que só acontecem na Coreia do Norte

há 1 ano

A Coreia do Norte é um país muito peculiar. Em função da falta de informação sobre as coisas que realmente acontecem na região, inúmeras crenças foram aparecendo, mas muitas delas não são reais.

Decidimos pesquisar um pouco sobre as restrições e as proibições vigentes no país considerado o mais fechado do mundo e ficamos surpresos. Confira!

15. Calça jeans azul é proibida

Se você pode se dar ao luxo de comprar uma calça jeans, ninguém vai te proibir. O único detalhe é que, no país, a calça jeans só existe na cor preta — a azul está proibida. Eles acreditam que a popularidade da calça no resto do mundo é um símbolo do imperialismo. Os turistas podem usar, mas se quiserem visitar monumentos de Kim Il-sung e de Kim Jong-il precisam trocar de roupa.

14. Não há acesso à Internet ou ao Wi-Fi

O sistema operativo norte-coreano ’A estrela vermelha’ (Red Star).

Na Coreia do Norte existem computadores avançados e Internet, mas ela deveria ser chamada de Intranet: a rede de computadores internos ’Kwangmyong’, que tem mais ou menos de mil a 5,5 mil sites. Acessar sites de outros países é impensável, a menos que você seja um funcionário importante. A última versão do sistema operativo local ’A estrela vermelha’ é parecida com MacOS X. Dizem que isso aconteceu para agradar Kim Jong-un, que adora o sistema da Apple.

O Wi-Fi não existe e as pessoas não têm celulares que se conectem ao ’Kwangmyong’. Além disso, os tablets são adaptados de acordo com as leis do país e não contam com Wi-Fi ou Bluetooth.

13. A moeda local não está disponível para estrangeiros

Os turistas que visitam o país estão proibidos de usar a moeda nacional, os wons norte-coreanos. Nas lojas para estrangeiros, as coisas são pagas com euros, yuans (chineses), wons sul-coreanos e, por mais estranho que possa parecer, dólares americanos. Os estrangeiros nem mesmo compram em lojas onde os locais compram.

12. Não é permitido comprar imóveis

Vista do complexo de apartamentos de Mansudae, construído para o aniversário 100 do nascimento de Kim Il-sung e o hotel inacabado ’Ryugyong’.

Os apartamentos não são vendidos — pelo menos não de maneira oficial -, eles são repartidos pelo governo. Mudar-se de uma aldeia pequena para Piongyang (a capital) é quase impossível, um privilégio cedido a poucos por méritos especiais. Não obstante, parece que o mercado negro está em todos os setores hoje em dia: dizem que por 70 ou 90 dólares norte-americanos é possível conseguir um apartamento. O único detalhe é que o salário oficial de um cidadão ’comum’, segundo relatos de refugiados, não supera os 4 dólares mensais.

11. Conseguir um carro é quase impossível

Na Coreia do Norte, o dono de um carro é uma pessoa muito rica ou muito influente. O custo de um carro é quase uma fortuna para os padrões locais. Veja mais detalhes neste site. Nem mesmo as bicicletas estão disponíveis para todo mundo, e elas não são encontradas com frequência, sobretudo fora de grandes cidades como Piongyang. Cada bicicleta tem uma placa, como os carros.

10. Não é possível pesquisar jornais que saíram há alguns anos

Jornais em uma estação de metrô em Pionyang.

Encontrar um jornal antigo em uma biblioteca é impossível. O que acontece é que a política do Partido do Trabalho da Coreia pode mudar e o povo norte-coreano não precisa saber. Os jornais estrangeiros tampouco são permitidos, muito menos revistas de moda. As notícias são fixadas em postes especiais na rua e no metrô.

9. Não é possível comprar literatura religiosa

O interior de uma igreja católica em Pionyang.

A Coreia do Norte é um país laico. As religiões não são proibidas, mas as igrejas cristãs ficam sob supervisão rígida do governo. Por outro lado, o cristianismo é considerado um ’rival’ da religião Juche. No país, há também templos budistas, mas eles são tratados apenas como monumentos históricos ou culturais.

8. Não é possível fazer ligações para o exterior com o chip local

Celulares na Coreia do Norte, 2012.

Os celulares deixaram de ser algo raro no país, mas, embora haja uma rede de telefonia relativamente desenvolvida, ligar para o exterior ou para um telefone estrangeiro que estiver dentro do país é tarefa impossível. Os chips locais servem apenas para fazer ligações dentro do país.

7. Não é permitido tomar banho quente

Não existe aquecimento central nem mesmo no Palácio de Crianças de Mangyongdae.

As casas dos norte-coreanos não têm água quente. Para tomar banho, em geral as pessoas vão a saunas, que abundam no país. Além disso, não existe aquecimento central. Eles usam aquecedores pequenos, até mesmo em Piongyang.

Dizem que a Coreia do Norte é um dos poucos países asiáticos que não tem aquecimento central. Além disso, existe um sério problema de eletricidade no país, o que complica ainda mais o uso dos aquecedores menores.

6. É impossível comprar Coca-Cola

Até 2015 havia apenas 2 países no mundo onde a bebida era proibida: Cuba e Coreia do Norte. Após a liberação na ilha caribenha, a Coreia do Norte se transformou no único país onde não é possível achar a bebida, obviamente por questões ideológicas.

5. É quase impossível viajar a outro país

Horários de voos no Aeroporto Internacional de Pionyang.

Os habitantes da Coreia do Norte não podem comprar um voo ou viajar para outro país. Não apenas porque é caro demais, mas porque é proibido. Além disso, a movimentação dentro do país também é controlada: as pessoas que querem visitar parentes em outros lugares precisam pedir uma autirização. Às vezes, as pessoas viajam para a China ou para a Rússia (que mantém relações com os norte-coreanos), mas em geral para ganhar um pouco de dinheiro.

4. Na Coreia do Norte não há McDonald’s

Obviamente que os restaurantes de fast food também não existem no país. Há alguns anos começaram a aparecer no país postos de comidas nas ruas, mas apenas comida tradicional norte-coreana, entre elas o famoso ’kimchi’ (bem tradicional na Coreia do Sul), aparentemente uma comida saborosa e apimentada.

3. Estrangeiros não podem tirar fotos ou falar com locais sem permissão

Uma foto rara: a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

Claro que as pessoas não são presas ou fuziladas por simplesmente falarem com estrangeiros. Não obstante, em casos assim o ’culpado’ precisa enfrentar uma conversa ’desagradável’ com o serviço de inteligência. Se um estrangeiro tentar conversar ou tirar foto de um local, é provável que este fuja.

Na Coreia do Norte não é permitido fotografar qualquer coisa, o guia que acompanha o turista não permite. Sobretudo se se trata de objetos militares (e, no país, muitas coisas recebem essa qualificação) ou a vida das pessoas.

2. É quase impossível comprar preservativos e objetos de higiene pessoal

É difícil de acreditar, mas muitos norte-coreanos nem mesmo sabem que existem camisinhas. Há algumas décadas esses objetos apareceram no mercado negro, mas, em função da rígida proibição, não ficaram populares. Hoje em dia quase não há, porque a demanda é muito baixa. Além disso, outros objetos de higiene pessoal são raros.

1. Cortes de cabelo criativos são raros no país

Tipos de penteados em um barbeiro em Pionyang.

Nos barbeiros e cabeleireiros existem imagens com os cortes recomendados a homens e mulheres. Em geral, o corte da moda é aquele usado pelo líder do país: Kim Jong-Un. O sucesso entre as mulheres é o bob até o queixo, moda também imposta pelo presidente, que uma vez disse que o penteado ficava bem em mulheres.

Bônus: rádio norte-coreana

O rádio em um hotel de Pionyang, em 2013.

Na Coreia do Norte existem vários canais de rádio e de televisão que transmitem filmes, obras teatrais e outros programas. O que ocorre é que todos estão controlados e relacionados com a situação política do país.

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