A fantástica história do brasileiro que atravessou um oceano a remo

Fotografia
há 5 anos

O navegador brasileiro Amyr Klink atravessou o Atlântico Sul a remo em um barco que ele mesmo construiu. O feito ocorreu em 1984, quando tinha 29 anos de idade. Klink percorreu sozinho 3.700 milhas (ou quase 6 mil quilômetros) durante 100 dias.

Incrivel.club mostra a fantástica trajetória desse velejador que tem mais de 40 expedições à Antártida no currículo.

A cidade de Paraty inspirou a paixão pela navegação

Nascido na cidade de São Paulo, Amyr Klink é o primogênito dos quatro filhos do libanês Jamil Klink e da sueca Asa Frieberg Klink. Ainda criança ele ficou deslumbrando com as embarcações que via na cidade de Paraty, cidade do litoral sul do Rio, e, aos 10 anos de idade, convenceu os pais a lhe darem uma canoa.

A primeira viagem internacional foi de moto

Embora tenha se notabilizado em sua vida pela forma destemida e a destreza com a qual navega, a primeira viagem internacional de Amyr Klink foi em terra firme, com uma moto. O destino escolhido em 1978 foi a Chile, em trajeto parcialmente feito pela cordilheira dos Andes. Desde então, nunca parou. Em 1992, por exemplo, realizou uma navegação terrestre pela costa brasileira de moto. Segundo afirma em entrevistas, prefere as motos mais potentes.

Cruzando o Atlântico

Cinco anos depois da primeira viagem internacional, em 1983, Klink conclui o primeiro barco produzido por ele, o I.A.T. Segundo relata em entrevistas, passaram-se três anos da ideia “imbecil” (palavras dele) até que fosse para Namíbia, na África, com a intenção de velejar 7 mil km até a costa da Bahia, no Brasil, usando apenas remo e instruções passadas por rádios comunicadores de outras embarcações e radioamadores. Numa época em que GPS não existia, a dificuldade aumentava ainda mais. Passaram-se 101 dias até que ele atingiu o feito, nunca antes igualado até então. A façanha de navegar uma distância tão grande em um barco tão pequeno levando consigo apenas 275 litros de água, poucos remédios e alimentos desidratados é relatada no best-seller “Cem dias entre céu e mar”.

Expedições à Antártica

Aos 31 anos de idade, em 1986, já formado em economia e após ter trabalhado dois anos em um banco, decidiu largar tudo e viajar à Antártida. Ao voltar, iniciou a construção do barco Paratii. Em 1989 velejou sozinho ao frio continente antártico. No trajeto, porém, teve um contratempo: o Paratii ficou preso na baia de Dorian, no gelo. Depois de conseguir soltá-lo, Amyr rumou para o Polo Norte e, de lá, voltou para Paraty. Nesta saga foram percorridas 27 mil milhas náuticas, numa viagem que durou 642 dias. A experiência lhe rendeu outro livro, denominado “Paratii, Entre Dois Polos”.

Parceira de aventuras

Embora vivessem desde 1992 juntos, foi somente em 1996 que Amyr Klink se casou com a também velejadora Marina Bandeira. Os dois tiveram três filhas. Em 2001 Amyr conclui o mais moderno veleiro já feito no Brasil, o Paratii 2. Nas viagens, ele ganha a companhia da mulher, que passa a registrar as viagens por meio de belas fotos que lhe renderam inclusive dois livros “Antártica — A Última Fronteira” e “Antártica — O Olhar Nômade”.

Palestras, exposições e livros

Além das viagens que fazem, Amyr e Marina também se dedicam a ministrar palestras, escrever livros e organizar exposições. Amyr Klink já participou de mais de 2.500 eventos nos seus mais de 30 anos como palestrante. Recentemente o feito de ter cruzado o Atlântico Sul sozinho foi motivo de uma exposição que percorrer diversos pontos do Brasil exibindo a embarcação original. Seus feitos também inspiraram a criação de um jogo de uma famosa empresa de brinquedos. Autor de cinco livros, ele também atua no mercado de publicidade. Além do trabalho que realiza com o marido, Marina também é autora de livros e realiza palestras sobre as suas expedições fotográficas feitas nos sete continentes.

Você também tem espírito aventureiro? Qual foi o lugar mais interessante que visitou?

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados