10 Escritores e seus trabalhos antes do sucesso com os livros

Famosos
há 1 ano

Alguns deles dão palestras sobre a arte de escrever, outros apresentam seus escritos em grandes eventos. Seus livros são vendidos como bolos quentes, até mesmo seus trabalhos póstumos. São autores vistos nas redes sociais interagindo com milhões de seguidores, e alguns de seus trabalhos foram levados para o cinema e a televisão. Eles escrevem (ou escreveram) diferentes gêneros, e suas histórias são muito distintas umas das outras... Mas eles têm uma coisa em comum: todos tiveram trabalhos estranhos ou incomuns antes de se tornarem famosos e publicarem livros de sucesso.

Incrível.club criou uma lista dos trabalhos mais estranhos que 10 escritores reconhecidos tiveram antes que pudessem viver de seus livros.

1. Stephen King: empregado de uma lavanderia industrial

Conhecido por ser o autor de best-sellers como Cemitério, Carrie a Estranha ou It: A Coisa, Stephen King (1947) lutou durante anos para poder viver da arte de escrever.

Depois de se formar na Universidade do Maine, com um diploma de Licenciatura em Inglês, King tentou a sorte de encontrar trabalho como professor do ensino médio, mas não havia muitas vagas e ele ainda não conseguia viver das histórias que publicava em revistas locais. Era a década de 1970 e a crise financeira não cessava. Assim, o agora conhecido como “o mestre do terror” foi forçado a aceitar empregos em tempo parcial para se sustentar financeiramente. Foi assim que conseguiu uma posição na lavanderia industrial “New Franklin”.

Como relatado em sua autobiografia Sobre a Escrita, suas tarefas na lavanderia eram colocar as roupas nas máquinas e depois tirá-las quando estivessem prontas. “Eu trabalhei com toalhas de mesa para restaurantes e roupas de cama em hotéis locais”. Se o trabalho era monótono e chato, em suas próprias palavras, não deixou de inspirá-lo a escrever uma de suas histórias mais famosas: A Máquina de Passar Roupa, (incluída na antologia de contos Sombras da Noite) que conta a história de uma máquina de passar roupa que tira a vida daqueles que a operam ou estão perto dela.

2. Charles Dickens: investigador paranormal

Charles Dickens (1812 — 1870) foi o autor de inúmeros contos e romances, incluindo Oliver Twist, David Copperfield, Grandes ExpectativasUm Conto de Natal. Além dessas obras famosas, escreveu mais de 20 histórias sobre fantasmas e acontecimentos paranormais. Esse gosto pelo ocultismo e pelo sobrenatural fez com que, além de escrever sobre o assunto, Dickens fosse mais longe e se inscrevesse no “The Ghost Club”, uma organização londrina fundada em 1862, e que ainda está em atividade, que dedica seus esforços à investigação de fenômenos paranormais de uma maneira objetiva e crítica.

Um dos mais renomados autores ingleses do mundo passava seu tempo em sessões espíritas onde um médium era um elo entre o nosso mundo e o dos espíritos. Numa época em que a crença em entidades paranormais era difundida na sociedade, Dickens não ficou alheio, apesar de manter a objetividade e um olhar crítico sobre o assunto.

3. Franz Kafka: especialista em acidentes de trabalho

Reconhecido por seu romance mais célebre, A Metamorfose, o escritor Franz Kafka (1883-1924) foi um dos mais famosos e estudados pela crítica literária. Embora tenha escrito apenas três livros, foi o autor de inúmeras histórias que, até hoje, ainda são válidas, e seu trabalho está sujeito a uma análise permanente, devido a seu caráter existencialista.

É difícil imaginar um escritor de tal profundidade trabalhando em outra coisa que não esteja relacionada às letras. Mas, mesmo assim, o caso de Kafka é um exemplo de como é difícil viver da literatura, embora não impossível, como ele próprio demonstrou.

Depois de se formar em direito, em 1906, foi trabalhar como estagiário não remunerado numa companhia de seguros italiana, um trabalho que ocupou até 1908. Nesse mesmo ano, conseguiu um emprego por um salário muito bom em outra seguradora alemã, onde, entre outras coisas, escrevia relatórios sobre a compensação dos trabalhadores por acidentes de trabalho. Lá ele ficou até 1922, e muitos anos de experiência lhe renderam boas promoções como especialista na área. Este emprego também foi uma fonte de inspiração para um grande número de histórias.

4. J. R. R. Tolkien: Lexicógrafo

J. R. R. Tolkien (1892-1973) é um dos autores mais lidos do mundo, embora o auge de sua fama tenha ocorrido muito depois de sua morte. A saga de O Senhor dos Anéis, de sua autoria, é uma das mais vendidas, e sua versão cinematográfica tem liderado as bilheterias mundiais, ganhando cada vez mais seguidores. O mesmo pode ser dito de seu romance O Hobbit, também adaptado ao cinema, ] contando os acontecimentos anteriores ao que foi narrado na obra citada anteriormente.

Depois de passar a maior parte de sua vida servindo no exército britânico, ao retornar da guerra Tolkien trabalhou como lexicógrafo para o Oxford English Dictionary, em sua primeira edição. Suas atividades consistiam em procurar as origens e a história das palavras vindas da língua germânica
e, em seguida, adicionar os dados encontrados à etimologia dos termos do dicionário. Talvez
esteja aí a sua habilidade para criar o Tengwar, um sistema de escrita élfica que aparece ao longo
de seu trabalho.

5. Bram Stoker: funcionário do Castelo de Dublin

Embora Bram Stoker (1847-1912) tenha recebido reconhecimento mundial muito depois de sua morte, a fama adquirida alcançou níveis que ele próprio não poderia imaginar. Seu romance mais famoso, Drácula, foi traduzido em inúmeras línguas e adaptado para cinema, teatro e televisão em vários formatos e versões. Stoker estava procurando fonte de inspiração para milhares de histórias de terror que tinham como protagonista um vampiro.

Embora a figura desse escritor irlandês esteja associada ao romantismo e possamos imaginá-lo descrevendo o Conde Drácula numa poltrona confortável junto à lareira, a vida de Stoker era como a de qualquer pessoa comum que tem que pagar suas contas. Graças a seu pai, que tinha uma alta posição no Castelo de Dublin (sede do governo na Irlanda), o jovem Bram começou a trabalhar lá como um oficial administrativo e até conseguiu ser promovido a inspetor, depois de um tempo. Não é difícil supor que tantas horas naquele lugar tenham feito sua parte na imaginação do autor e lhe servido de inspiração para criar a morada do temido vampiro.

6. Diana Gabaldon: cientista

O caso da autora Diana Gabaldon (1952) é contemporâneo, mas não menos interessante. Seu trabalho mais famoso, Outlander, tem sido o número um em vendas. Além disso, é um sucesso esmagador em sua versão para a televisão com três temporadas em seu currículo. Esta história do tempo, de viajar para o século XVIII na Escócia, continua a colher seguidores em todo o mundo, de mãos dadas com seus protagonistas, Claire e Jamie.

Mas antes de se dedicar completamente à escrita, Gabaldon foi uma estudante exemplar e um renomada pesquisadora. Ela é formada em Zoologia, com mestrado em Biologia Marinha e PhD em Ecologia Comportamental. Quando conseguiu um emprego como professora no Centro de Estudos Ambientais da Universidade do Arizona, ela percebeu sua paixão pela pesquisa, então se especializou em banco de dados. Isso a levou a escrever artigos técnicos e analíticos para várias publicações acadêmicas e científicas sobre o assunto, e até fundou sua própria revista chamada “Science Software Quarterly”.

Um fato curioso é que Gabaldon escreveu Outlander com o objetivo de experimentar por si mesma o processo de escrita e investigar em que consistia. Como boa cientista, escolheu o romance histórico porque foi o gênero que lhe permitiu coletar dados e informações antes de começar a escrever.

7. Dan Brown: pianista e compositor

Reconhecido por seu talento para criar histórias de conspiração religiosa, Dan Brown (1964) colheu sucesso com seus romances baseados nas aventuras de Robert Langdon, cujas partes Anjos e Demônios, O Código Da VinciInferno também foram adaptados para a telona.

Mas as habilidades artísticas de Brown não estão relacionadas apenas às letras, mas também à música, já que começou sua carreira artística como pianista e compositor, uma paixão que ele provavelmente herdou de sua mãe, compositora de música sacra. Dan gravou vários álbuns e fundou sua própria gravadora. Um de seus trabalhos discográficos chamou-se Angels and Demons, um título que ele mais tarde daria ao seu futuro romance.

8. Jack London: agente da Patrulha Pesqueira da Califórnia

Jack London (1876-1916) é autor de clássicos como Caninos BrancosO Grito da Selva, entre muitos outros contos e romances. Foi um escritor muito prolífico e seu trabalho é realmente extenso, mas sua vida foi complicada e difícil antes de viver das suas histórias.

Depois de passar dezoito horas por dia trabalhando numa empresa de conservas, ele comprou um pequeno barco e foi pescar ilegalmente, mas isso não durou muito porque sua embarcação quebrou e ele não conseguiu consertá-la. Conhecendo como a palma de sua mão o trabalho dos “piratas”, London não via melhor opção do que mudar para o lado legal e se alistar nas fileiras da Patrulha Pesqueira da Califórnia, perseguindo os pescadores fora da lei.

9. Chuck Palahniuk: autor de manuais de conserto
de caminhões

Chuck Palahniuk (1962) é outro dos autores que alcançaram o auge da fama quando um de seus romances foi adaptado para cinema. É o caso do Clube da Luta, trazido para a grande tela com enorme sucesso com Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter.

Até sua carreira como escritor levantar voo e fornecer-lhe uma garantia financeira, Palahniuk trabalhou como mecânico de diesel na empresa de transporte de cargas “Freightliner”. Como escrevia bem, ofereceram-lhe a possibilidade de escrever dentro do trabalho e ele o fez. Mas não estamos falando de romances, e sim de manuais de conserto de caminhões.

10. Kurt Vonnegut: relações públicas

Embora os romances de Kurt Vonnegut (1922-2007) não tenham sido levados ao cinema ou à televisão, eles não são menos bem-sucedidos. Suas obras mais conhecidas, Matadouro 5 ou Café da Manhã dos Campeões, foram best-sellers por um longo tempo e, de fato, o primeiro desses livros é considerado um dos melhores romances do século XX.

Depois de voltar da guerra, Vonnegut ficou inativo por um período, mas depois, em 1947, conseguiu um emprego na “General Electric” como parte de seu Departamento de Relações Públicas. Lá ele escreveu artigos sobre eletrodomésticos da linha da fábrica. Além disso, a área tinha uma agência de notícias própria que funcionava como um jornal para a empresa. O autor sempre acreditou que esse tipo de trabalho influenciou o seu estilo direto e sem frescuras.

Qual destes trabalhos você achou o mais estranho? Conte pra gente nos comentários!

Comentários

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Eu apostaria que Stephen King tinha sido coveiro ou algo do tipo, haha

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