9 Trajes típicos que viraram tendências da moda bem atuais

Curiosidades
há 1 ano

“Tudo que é novo é o velho bem esquecido”. Essa é uma regra em que muitos estilistas confiaram por muito tempo, o que acabou permitindo que criassem modelos inesquecíveis. Este post é para todos os que entendem que uma bela peça de roupa vai além de uma simples tendência. Na verdade, ela precisa trazer uma história, um significado profundo e até mesmo um posicionamento. Apresentamos 9 trajes tradicionais que, depois de centenas de anos, voltaram a ser considerados atuais.

O Incrível.club admira a riqueza das culturas internacionais e sente orgulho da diversidade que caracteriza a humanidade.

1. Hanbok (Coreia)

Na Coreia do Sul dos dias de hoje, o retorno às raízes e a prática de um estilo de vida sem pressa vêm se tornando muito populares. Desde 2015, essas tendências vêm sendo observadas também nas roupas: jovens fashionistas têm voltado suas atenções para o hanbok, traje típico coreano que tem cerca de 1.600 anos de história. As saias exuberantes e originais são usadas principalmente “para sair”, e estilistas empreendedores vêm apostando na criação de hanboks casuais e mais simples.

2. Dirndl (Baviera, Alemanha)

O dirndl clássico é o traje típico das camponesas dos Alpes, e é composto por uma blusa de mangas bufantes e um corpete apertado colocado por cima. Na parte de baixo, uma saia volumosa é complementada com um avental característico. É possível ver mulheres usando roupas similares nas festas nacionais da Alemanha, Áustria e Suíça. No entanto, versões modernas (sem o avental) conquistaram o coração não apenas da elite, mas também da classe média.

Quem for usar uma traje desses para ir a uma festa e quiser seguir a tradição deve lembrar que as solteiras devem amarrar o laço do lado esquerdo. As casadas, do lado direito. As virgens devem amarrar no meio, enquanto as viúvas, na parte de trás.

3. Lehenga-choli e sari (Índia)

Graças ao patriota estilista Sabyasachi Mukherjee, os motivos indianos chegaram ao mundo da moda nupcial e à alta costura do Ocidente. Tecidos, enfeites, elementos e trajes completos, como o sari e o lehenga-choli, apareceram como destaque nas passarelas das capitais europeias, atraindo os olhares dos fashionistas para as tradições daquele exótico país.

Em 2014, Sabyasachi chegou até a lançar um projeto chamado “Save the Saree”, criado para popularizar o uso dessa peça mundo afora. Vale ressaltar que, na Índia, o sari continua sendo uma das peças de roupa mais populares e queridas.

4. Degel (Mongólia)

O degel, traje originário da Mongólia, era inicialmente uma espécie de bata fechada para o lado direito e abotoada no pescoço. Antigamente, o costume era usar uma camisa por baixo e uma calça. O cinto por cima da bata era um elemento obrigatório do conjunto. Hoje, virou um agasalho ou vestido feminino, facilmente adaptável para ocasiões especiais e também para o dia a dia.

A divulgação do traje típico no país e no exterior se deve, em grande parte, à empresa Mongol Costumes, cujos representantes consideram que o degel faz parte de uma importante história da Ásia e, ao mesmo tempo, de uma tendência contemporânea, assim como o kimono japonês e o já mencionado sari indiano.

5. Aozay (Vietnã)

aozay, é, sem dúvida, a peça de roupa mais característica do Vietnã. O traje, um dos mais antigos na história do povo que passou por diversas mudanças ao longo da história, continua sendo a roupa favorita das mulheres locais. Hoje em dia, é composto por uma camisa comprida e geralmente de seda, colocada por cima de calças largas.

Os estilistas vêm optando por criar versões mais ajustadas para ressaltar as curvas da silhueta feminina. Vietnamitas adoram usar o aozay em ocasiões solenes. O traje também é utilizado como uniforme escolar. Em determinados casos, é também adotado por empresas que contam com códigos de vestimenta.

6. Moda herero (Namíbia)

A tribo Herero se destaca por um estilo muito colorido: as mulheres se vestem como na era vitoriana, enquanto os homens usam roupas inspiradas nos uniformes militares alemães. Esse estilo foi levado à Namíbia por colonizadores alemães no começo do século XX. A história da guerra entre os herero e a Alemanha não é conhecida por muita gente, e esconde uma verdadeira tragédia: a tribo foi praticamente exterminada, e quem não morreu precisou lutar desesperadamente para sobreviver.

O estilo passou a ser mais que um símbolo, mas também uma maneira de unir as pessoas: como na época era difícil conseguir peças de roupa, os homens herero tiravam os uniformes dos soldados alemães mortos. Já as mulheres aprenderam a costurar os vestidos estrangeiros à sua própria maneira, tornando-os mais coloridos. E um elemento original foi acrescentado: uma espécie de chapéu de chifres, cujo formato é uma homenagem ao gado, que garantiu o sustento da tribo.

Assim como outros jovens no mundo, os adolescentes herero usam roupas modernas. Mas a verdade é que o estilo vitoriano-africano que marca os trajes típicos dessa tribo é história pura, encarnando resistência e singularidade.

7. Motivos folclóricos russos

Estilista de São Petersburgo, August van der Valls combina elegantemente elementos do estilo popular russo com a moda moderna. Jaquetas, casacos, blusas, vestidos casuais e formais “à la russe” ganham um colorido deslumbrante graças ao olhar do profissional. Essas peças vêm sendo muito procuradas não apenas na Rússia, mas também na Itália, Inglaterra, França e Estados Unidos.

8. Trajes flamencos (Espanha)

A história do traje típico flamenco começou muitos séculos atrás, quando as camponesas da Andaluzia e as ciganas usavam vestidos simples, mas chamativos, decorados com vários babados. É daí que vem o conceito de roupa cigana.

Vestidos femininos que valorizam a silhueta foram, com o passar do tempo, virando peça obrigatória no guarda-roupa de espanholas de todas as classes sociais. A diferença estava no tipo de tecido, detalhes complexos e enfeites.

As espanholas continuam usando esse estilo não apenas em festas típicas. Algumas delas preferem ter várias versões: algumas mais exuberantes para festas específicas e outras, menos chamativas, para o uso diário.

9. Clássicos africanos

Bernie Seb, fundador da marca De La Sébure, nasceu em Burkina Faso, e é totalmente apaixonado pela cultura de sua terra natal. O patriotismo é, aliás, a marca do seu trabalho: Bernie pretende unir o clássico traje europeu de festa com o colorido das estampas étnicas africanas. Essas peças, “em sua forma pura”, são difíceis de serem adaptadas à realidade e ao clima europeus. Por isso, Bernie decidiu fazer uma experiência bem ousada para popularizar as tradições do seu país.

O estilista costuma usar tecidos locais de fabricação especial, todos feitos à mão. A costura, aliás, também é feita no território de Burkina Faso, em apoio à economia do país.

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