9 Atrações turísticas que todo amante de animais deveria repudiar

É improvável que um adulto normal leve seu filho para ver uma briga de cachorro, pois é algo claramente cruel e imoral. Mas os circos ou aquários de golfinhos são diferentes? É possível que algumas pessoas não saibam ou prefiram não perceber o óbvio: às vezes, nossas diversões familiares favoritas não são tão diferentes em relação à crueldade das brigas de cães.

O Incrível.club é a favor de um tratamento digno para todos os animais e é por isso que queremos mostrar às pessoas que não são indiferentes ao mundo natural o que está escondido por trás dos espetáculos à primeira vista “inofensivos”.

Circo com animais

Animais em liberdade nunca fazem o que são forçados a fazer no circo. Eles não estão felizes em andar de bicicleta, saltar por um aro com chamas e dançar, mas sabem perfeitamente o que lhes acontecerá se não o fizerem. Nos intervalos entre os shows, os animais vivem em pequenas jaulas e recintos, e as constantes mudanças de cidade tornam a sua vida um verdadeiro pesadelo. Ativistas pró-animais em todo o mundo lutam pela proibição de usar animais em circos e em muitos países eles já conseguiram. Infelizmente, não em todos.

Alternativa: circo sem animais.

Aquários de golfinhos

No mundo natural, golfinhos e baleias vivem em pequenos grupos e conseguem navegar centenas de quilômetros por dia. Fechados em tanques estreitos, eles sofrem sem sua família e por falta de movimentos. Seus músculos se atrofiam e, por exemplo, as barbatanas superiores das orcas adultas enfraquecem e caem. O negócio desses aquários é construído com o sofrimento dos animais, começando com a captura de filhotes jovens e culminando com doenças e morte na água turva de uma piscina. Em muitos países, especialmente após a sucessão de ataques de orcas aos treinadores, este negócio foi reconhecido como cruel e proibiu-se o uso de baleias e golfinhos em shows.

Alternativa: um passeio marítimo, mergulhar com snorkel.

Montar um elefante

Graças a filmes hindus e livros infantis, muitas pessoas têm um conceito incorreto de elefantes como animais gentis da agricultura que estão sempre felizes em servir ao ser humano. Mas, na realidade, a obediência dos elefantes é baseada em crueldade e violência. Um filhote assustado é retirado de sua mãe em tenra idade e o destroem mentalmente para que entenda que deve ter medo do ser humano. Este procedimento não é de todo diferente da tortura. O pobre animal é ensinado a prestar atenção ao mahout, que tem uma lança de metal. Não é de admirar que os turistas de vez em quando se tornem vítimas de agressão de elefantes.

Alternativa: a visita a um centro de reabilitação para elefantes.

Espetáculo com cobras

Nos países asiáticos, os shows de cobras venenosas geralmente são realizados para os turistas: eles zombam delas, forçam-nas a atacar, as arrastam pela cauda no chão e qualquer um que quiser pode tocá-las. Claro, isso nem sempre é seguro para os espectadores. Após o show, as cobras são colocadas em um pequeno recipiente ou um saco do qual não são removidas até o próximo show. A partir desse tratamento, os répteis podem sofrer lesões como escoriações e fraturas (sim, as cobras têm ossos e sentem dor). Mas isso preocupa poucas pessoas, já que a vida das cobras nesses lugares é curta: elas logo serão mortas por sua pele bonita ou para fazer poções medicinais.

Alternativa: ver filmes sobre cobras.

Corridas de cavalos

De todas as possíveis interações com o cavalo, as corridas são as mais cruéis e perigosas. Qualquer competição de velocidade é um grande estresse para o cavalo. A pele sensível da boca é ferida pelo freio, há fraturas nas pernas, sofrimentos com alongamentos e doenças nas articulações. Além disso, eles também sofrem danos psicológicos. Há casos em que, durante a corrida, os cavalos morreram devido a grande fadiga. Um cavalo de corrida de raça dura de 10 a 15 anos, no máximo, e depois que os animais são feridos e mentalmente instáveis, eles são enviados para o matadouro.

Alternativa: visitar um centro de reabilitação para cavalos.

Zoológicos interativos

Os jardins zoológicos interativos são um dos entretenimentos mais populares entre as crianças. Pais alegres permitem que seus filhos toquem pequenos felinos, raposas e guaxinins. Supõe-se que, assim, uma criança aprenda a amar o mundo natural. Ao mesmo tempo, poucas pessoas pensam o que esses animais sentem quando, por um dia, são carregados e tocados milhares de vezes. Além disso, ninguém se importa se os animais gostam de estar num lugar assim para sempre, sem ver a luz do sol e não estar ao ar livre. Que pensamento se pode extrair de uma visita a um zoológico interativo, exceto que as pessoas precisam de animais apenas para se divertir?

Alternativa: trabalhar como voluntário num refúgio de animais.

Espetáculos de crocodilos e jacarés

Os crocodilos que atuam em frente ao público geralmente são mantidos em pequenas fazendas, cheias de répteis. Eles os tiram em pequenos grupos apenas durante o show. Os manipuladores têm que fazer movimentos obrigatórios, em particular colocar a mão ou a cabeça dentro da boca de um crocodilo. Às vezes os espectadores não têm sorte e o público se torna testemunha de um acidente.

Alternativa: safari ecológico em lugares onde os crocodilos vivem.

Tirar fotos com animais exóticos

Os fotógrafos com macacos ou um papagaio no ombro, por vezes, oferecem seus serviços em locais com um grande afluxo de turistas, e a maioria das pessoas não consegue resistir a esses animais adoráveis. Os fotógrafos tentam proteger os turistas dos animais retirando suas garras, dentes e aplicando-lhes tranquilizantes. No final da temporada, a maioria dos macacos, papagaios e iguanas é abatida, pois é muito caro mantê-los na baixa temporada.

Alternativa: tire fotos de animais em seu habitat natural.

Montar cavalos

A equitação pode ser uma ocupação agradável tanto para o ser humano quanto para o cavalo. Mas para isso você tem que estabelecer uma conexão especial, baseada em confiança e cuidado. Essa conexão é impossível quando se trata de uma atitude de consumismo em relação ao animal. Organizações que propõem passeios com cavalos não rejeitam cavaleiros incompetentes e muito pesados apenas para obter um lucro maior. O problema é que essas pessoas podem facilmente ferir as costas do animal. Pior ainda são os “passeios” nos parques: normalmente, eles compram os cavalos por um preço muito baixo e os devolvem quando terminam seu trabalho.

Alternativa: aulas de equitação com profissionais de forma permanente.

É claro que é difícil recusar visitas a lugares onde estamos acostumados a experimentar um mar de emoções positivas. Nós sempre queremos acreditar que nestes locais os animais não sofrem, mas não é bem assim: os animais só se sentem bem quando têm permissão para continuar sendo animais e não artistas, meio de transporte ou figuração para uma foto.

E você, o que acha do negócio de animais? Considera imoral ou acha que os protetores de animais por vezes exageram?