7 Padrões de beleza do passado que hoje parecem loucura

Curiosidades
há 3 anos

Cada época tem a sua própria moda, não só para as roupas como também para a aparência. No passado, alguns padrões de beleza eram tão incomuns que era necessário recorrer a medidas extremas para atingir o tão desejado “ideal de beleza”. Desde os pés de lótus até os anéis de metal no pescoço, é possível identificar diversos padrões — temporais e culturais — tanto em homens quanto em mulheres. Além disso, muitos desses experimentos “de moda” não eram apenas dolorosos, mas também perigosos.

Nós, do Incrível.club, decidimos descobrir quais outros “rituais” de beleza existiam antigamente e vamos compartilhar nossos achados com você. Acompanhe!

Sobrancelhas coloridas

Talvez as sobrancelhas sejam a parte do rosto mais decisiva no quesito harmonia e, por isso, muitos se preocupam em deixá-las “perfeitas”. Na Grécia Antiga, por exemplo, era moda ter “monocelha”. Se uma mulher não nascesse com essa característica, ela poderia esfregar carvão entre as sobrancelhas ou até fazer um “implante” com pelo de cabra.

Os habitantes da China Medieval foram ainda mais longe: por volta dos séculos II-III, a moda era ter sobrancelhas coloridas. Um dos imperadores daquela época ordenou que suas esposas tivessem sobrancelhas na cor azul-esverdeada. Para acatar o pedido do marido, as mulheres tiveram de raspar as sobrancelhas e, então, desenhá-las com tintas coloridas caras, que eram trazidas de fora da China. Isso não só agradava aos olhos do imperador, como também mostrava às pessoas o quão próspero ele era, pois somente pessoas muito ricas poderiam se dar o luxo de comprar tintas estrangeiras.

No entanto, essa tendência não durou muito tempo e, pouco depois, as sobrancelhas naturais voltaram a estar na moda. Vale lembrar que os formatos ainda variavam bastantes, desde as longas e grossas até as mais curtas e finas.

Testa alta

De acordo com historiadores, no final do século XIV, a rainha Isabel da Baviera se tornou modelo de uma moda, que hoje pode ser considerada “estranha”: testa alta e pescoço de cisne. Para satisfazer os padrões de beleza, as mulheres raspavam o cabelo acima da testa e na nuca e retiravam as sobrancelhas. Nem os cílios eram poupados: algumas vezes retiravam tanto os cílios de cima como os de baixo.

Unhas longas

Unhas longas foram uma tendência na China por séculos, mas o motivo era bastante incomum: manter as unhas dessa forma indicava que a pessoa não fazia trabalho duro com as mãos, pois podia ter criados que o fizessem para ela.

Durante a Dinastia Qing, que durou por quase 300 anos (até o início do século XX), essa moda chegou ao seu apogeu e as unhas de alguns aristocratas chegavam até 25 cm de comprimento. Ter unhas assim não era nada confortável e, por isso, algumas pessoas optavam por deixar unhas longas somente no dedo mindinho e no anelar. Além do mais, para evitar que elas quebrassem, era usada uma espécie de “capa” protetora, feita de metais preciosos e pedras decorativas.

Pele pálida

A moda da pele muito branca surgiu na Inglaterra no século XVIII. Para que a pele ficasse mais branca, as mulheres usavam todos os tipos de produtos “exóticos”, como, por exemplo, estrume seco de cavalo. Mas o mais perigoso de todos era o chumbo, usado na preparação de cal para passar no rosto. Além disso, as maiores concentrações desse metal estavam na tinta vermelha, que era usada nos lábios e nas bochechas para criar contraste. A brancura da pele era ainda mais realçada por linhas desenhadas com lápis azul no rosto, que deveriam imitar os vasos sanguíneos.

Dentes brancos

Durante a era Georgiana branqueava-se não só a pele, mas também os dentes. Para dar uma aparência de porcelana, usava-se um pó, no qual a principal substância era o ácido sulfúrico. Evidentemente, tal substância desintegrava o esmalte e os próprios dentes com o passar do tempo. Pessoas com boas condições financeiras podiam pagar por implantes: os mais necessitados se voluntariavam para vender os próprios dentes ao dentista.

Depois da Guerra em Waterloo, começou uma nova moda: próteses dentárias, feitas com restos de dentes encontrados nos campos de batalha. A partir da segunda metade do século XIX, surgiram as próteses de porcelana, mas muitos profissionais se recusavam a usá-las, pois ainda preferiam os dentes “emprestados” dos falecidos de guerra.

Cabelos claros

Francisco Petrarca falava sobre sua musa, Laura, em seus poemas como um exemplo não só de beleza, mas também de virtude. Graças ao poeta, no século XV, iniciou-se a tendência dos cabelos loiros. Para atingir o tom dourado, as damas precisavam tingir as madeixas. O processo era ainda mais demorado do que hoje, levando cerca de alguns dias para ser finalizado. Em alguns documentos do século XII, é possível encontrar instruções sobre o procedimento de como pintar os cabelos, que acontecia em duas etapas: passava-se uma mistura de diferentes ingredientes na cabeça (que seria coberta com folhas) e então esperava-se dois dias para lavar. Depois da lavagem, aplicava-se uma segunda mistura, que seria retirada também somente depois de dois dias.

Cintura fina

Os clássicos espartilhos, que criam a figura “afinada” do corpo feminino, existem desde a Idade do Bronze. Na Europa, eles apareceram em diferentes versões nos séculos XV e XVI. Mas a moda mesmo começou durante o reinado de Catarina de Médici. Nessa época, o espartilho era capaz de diminuir a cintura em até 33 cm (mesmo que a função inicial fosse apenas deixar a silhueta plana sem imperfeições), mas era bastante prejudicial para os órgãos internos.

Na sua opinião, será que a beleza sempre requer sofrimento? Ou você acha que a naturalidade de cada um é o melhor padrão para se almejar? Comente!

Comentários

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Já estou preparada p daqui uns anos meus filhos me chamarem de brega kkkk mas fazer o q, acontece

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Dentes brancos eu acho legal. O resto acho super bobeira e nem faz sentido.

Mas os dentes me parece como questão de higiene e n de gosto

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