7 Novos tipos de pessoas, que eram incompreendidas 20 anos atrás, mas que hoje estão no seu auge

Curiosidades
há 3 anos

A teoria das gerações já foi incorporada às ciências humanas modernas e ao cotidiano de muitas pessoas. Até na fila do supermercado você pode ouvir como os “boomers” estão indignados com o sumiço dos “zoomers”. Graça à mídia, há a sensação de que já sabemos de tudo sobre os nossos pais e a vida dos nossos filhos. Mas, enquanto líamos as diferenças dos “alfas” para o milênicos, sociólogos já identificaram e definiram novas categorias, como CARLY, HENRY, Nem-nem, Mileuristas e outras mais.

A equipe do Incrível.club estudou os novos fenômenos sociais e até nos identificamos com alguns deles. Depois de ler o post, conte-nos com qual você mais se identifica ou quais deles estão mais presentes no seu círculo de amizades.

CARLY

Especialistas em marketing, que estudam as características da Geração Z, criaram um novo termo para ela: CARLY. Essa abreviação significa Can’t afford real life yet (“Ainda não posso ter uma vida de verdade”). Fala-se aqui de jovens de até 25 anos, que ainda não são financeiramente independentes.

Muito em breve, porém, sociólogos acreditam que a CARLY será a maior geração de consumidores da história da humanidade. Por isso o tema está em alta. Mas o que sabemos sobre eles? Bom, gostam de memes, TikTok, nostalgia, aceitam a moda “ultrapassada” e elegem Greta Thunberg como um modelo a seguir. Os CARLY acreditam que podem mudar o mundo e se preocupam com o que legado que será deixado para as próximas gerações.

NEET (geração “nem-nem”)

NEET é uma abreviação que significa Not in education, Employment, or Training. Refere-se aos jovens que, por diversas razões, não estudam, nem trabalham. Por isso, também é conhecida como geração “nem-nem”, isto é, “nem trabalha, nem estuda”.

Acredita-se que os NEET pertençam talvez a famílias de baixa renda, não tendo assim oportunidades de obter educação e, consequentemente, de encontrar um emprego. Mas o contrário também é possível: crianças de famílias muito ricas, que não têm motivação para trabalhar ou estudar.

Há ainda aqueles que se tornam “nem-nem” por opção mesmo. Em uma entrevista para a revista JapanToday, o jovem Daisy-San, 25 anos, admitiu que se considerava um NEET da nova geração. Após ter sido demitido, o rapaz decidiu que nunca mais teria um emprego estável e aceitaria fazer pequenos trabalhos em troca de dinheiro, itens pessoais ou serviços. Ele já trabalhou com jardinagem, modelagem, dublagem e até chegou a limpar um alojamento em troca de cama para dormir.

Geração bumerangue

É assim que são chamados os jovens que se formaram na universidade no século XXI, que viveram sozinhos por um tempo, mas depois voltaram para a casa dos pais. Eles não dependem do pai e da mãe para tudo, pelo contrário, ajudam os familiares financeiramente. No entanto, tais pessoas não planejam viver com os pais pelo resto da vida: veem isso como uma adaptação temporária.

Sociólogos acreditam que o aparecimento da “geração bumerangue” se deve a um fator econômico. Morar com os pais é uma forma de economizar com o aluguel da casa e com os gastos com água e luz. Além do mais, as pessoas começaram a se casar mais tarde e, por conseguinte, houve um declínio no estímulo de ter um lar separado.

Especialistas afirmam que essa tendência é um excelente exemplo de ajuda mútua entre gerações. O fato é que a diferença cultural entre pais e filhos está diminuindo cada vez mais: ambos escutam as mesmas músicas, assistem aos mesmos filmes e até têm os mesmos (ou parecidos) posicionamentos políticos. Portanto, tal fenômeno faz com que as famílias fiquem mais próximas.

Mileuristas

Como a “geração bumerangue”, os mileuristas muitas vezes moram com os pais. Diferentemente do grupo anterior, esses jovens não o fazem para economizar dinheiro, mas simplesmente porque se recusam a criar perspectivas de um futuro totalmente independente. Podem até ter um apartamento separado, ou um trabalho, mas ainda dependem financeiramente dos pais. O objetivo deles é claro: minimizar o estresse e ter o máximo de tempo livre possível.

São frequentemente criticados por — enquanto procuram se encontrar no mundo — serem “paparicados” pelos papais. Por outro lado, a situação em si pode ser bastante benéfica. O tempo livre pode ser usado na busca do melhor emprego ou para se desenvolver como pessoa até se sentirem preparados para a vida independente. O importante é não ser um mileurista para sempre.

Singleton

Até meados do século passado, existiam poucas pessoas solteiras, e, em sua maioria, principalmente por conta da perda de entes queridos, como do marido ou da esposa. Hoje, há muito mais solteiros no mundo e, por isso, eles ganharam um rótulo próprio: singletons. Tal termo se refere aos moradores das grandes cidades, que optam por não criarem uma família — temporariamente ou para sempre.

São muito seletivos e não estão dispostos a mudar o estilo de vida ou os hábitos. Os singletons não só não têm interesse em se estabilizar com um parceiro ou uma parceira, mas também muitas vezes preferem não fazer amizades muito próximas ou se manter distante de familiares para que não haja a necessidade de depender dos outros.

Ser solteiro é economicamente favorável — talvez por isso o número deles esteja crescendo. Eles têm mais tempo para se dedicar ao trabalho e, consequentemente, ganhar mais dinheiro. Qual o resultado disso? Frequentemente, os singletons se tornam consumidores ávidos, dispostos a se mimar com produtos luxuosos e de qualidade.

Nômades digitais

Qualquer um que trabalhe remotamente pode se tornar um nômade digital (digital nomad) — uma tendência que vem crescendo. Espera-se que até 2035, um a cada três funcionários não precise se deslocar para a empresa onde trabalha.

Uma das características mais marcantes do nomadismo digital é viver viajando. Você já deve ter visto tais fotos no Instagram: notebook no colo no meio de uma praia paradisíaca ou à beira da piscina. Embora possa parecer o estilo de trabalho dos sonhos, será que a vida dos nômades do século XXI é tão bela assim?

Alguns empregadores acreditam que trabalhar à distância já é uma condição de trabalho ideal, por isso muitas vezes os nômades digitais recebem menores salários do que os funcionários de escritório. De acordo com um estudo realizado em 2017, os freelancers americanos receberam cerca de 30 mil dólares a menos por ano, o que representa uma diferença desproporcional em comparação com o trabalho presencial. A menor renda dos nômades digitais explica o fato de muitos deles escolherem locais como a Tailândia ou Bali para morar, onde o custo de vida é mais baixo.

HENRY

Esse é exatamente o oposto dos CARLY. É também uma abreviação: High earner not rich yet (“Ganham bem, mas ainda não são ricos”). Assim são chamados os milênicos de alta renda: não se privam de lazer ou de cuidados com a aparência, mas ainda não possuem total liberdade financeira. Diferentemente das pessoas ricas, a maior parte da renda dos HENRY é gasta com necessidades do dia a dia.

Quais outros grupos sociais você consegue identificar na nossa sociedade hoje? Escreva abaixo!

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