6 Falsas atrações que costumam enganar milhões de turistas

Curiosidades
há 1 ano

Em 2017, a unidade da Disneylândia da Califórnia, nos EUA, foi o ponto turístico mais marcado no Instagram no mundo. Os visitantes adoram mergulhar naquele mundo mágico, mesmo sabendo que é totalmente fictício. Por outro lado, há vários viajantes que preferem visitar, em vez de parques temáticos, lugares ligados ao mundo real.

Porém, sem fazer a menor ideia, acabam acreditando em histórias que, assim como as que envolvem o universo Disney, são pura fantasia.

O Incrível.club encontrou seis destinos turísticos populares que, quando observados mais de perto, mostram que não são aquilo que parecem ser.

Os apaixonados por locais cheios de história deveriam prestar atenção especial, por exemplo, às Pedras de Callanish, local de culto religioso situado na Escócia. É o maior megalito da Grã-Bretanha. Apesar do fato de as pedras que formam a estrutura serem menores que as do Stonehenge, o local nunca passou por reconstruções nem reformas. Além disso, nunca fica muito cheio de turistas, o que permite que você consiga observar tudo com tranquilidade.

1. Castelo do Drácula

O conde Drácula tornou-se a principal atração turística da Romênia. Ali, é possível participar de excursões e de hospedar no palácio do lendário vampiro. O castelo de Bran serviu como residência do temido nobre, e fica a 30 quilômetros da cidade de Brasov. O edifício, obviamente, é bem pitoresco, mas não tem a menor ligação com Vlad, o Empalador — cuja vida teria servido de inspiração para a história de drácula, no livro homônimo. Na melhor das hipóteses, ele se hospedou ali algumas vezes, durante as temporadas de caça.

Quem se interessa pelo Drácula deve, na realidade, visitar a cidade romena de Sighișoara. Foi lá onde nasceu o príncipe de Valáquia e Transilvânia. Na casa onde o parto foi realizado hoje funciona um restaurante. Mas queremos deixar os curiosos avisados: Drácula só se transformou na criatura que conhecemos hoje no século XIX, pelas mãos do escritor Bram Stoker, autor do livro que mencionamos anteriormente. Antes do lançamento da obra, o príncipe só tinha má fama entre os turcos, com quem lutou ferozmente pela liberação dos Balcãs.

2. Troia

As ruínas da antiga cidade de Troia são uma das principais atrações turísticas da Turquia. Situadas na colina de Gissarlyk, elas foram descobertas por Heinrich Schliemann, que realizou escavações arqueológicas no local. Porém, o que pouca gente sabe é que Schliemann não era arqueólogo profissional, e foi alvo de críticas por parte de especialistas contemporâneos. Ele nunca conseguiu provar para a comunidade científica que as ruínas encontradas eram realmente as da cidade-estado eternizada por Homero.

Mais tarde, os especialistas descobriram que a camada encontrada por Schliemann é mil anos mais antiga que Troia. Então, caso o arqueólogo amador tenha realmente encontrado a localização das ruínas, acabou destruindo-as com sua intervenção.

3. Grandes pirâmides da Bósnia

Em 2005, o arqueólogo autodidata bósnio Semir Osmanagich declarou ter descoberto pirâmides em seu país natal. Segundo ele, as construções seriam mais antigas que as egípcias e construídas de uma maneira mais hábil: com a ajuda de uma substância que lembra concreto. O bósnio anunciou o início das escavações, acompanhadas por outros interessados como ele. Um ano depois, a equipe de Osmanagich declarou foram encontrados blocos feitos pelo homem na base da montanha Visochitsa, que realmente pareciam ser de uma pirâmide.

As autoridades locais não hesitaram em apoiar a história, com o intuito de atrair turistas. A versão de Osmanagich foi confirmada até pelo Instituto de Construção de Sarajevo (capital do país) e pelo Instituto de Geodésia da Bósnia. Contudo, a comunidade científica mundial, depois de ter estudado Visochitsa, chegou à conclusão de que a montanha é uma formação geológica natural, e que a intervenção humana no local se resume ao trabalho desenvolvido pelo próprio Osmanagich. Porém, muita gente acredita que os pesquisadores guardam silêncio sobre a maior descoberta das estruturas mais antigas feitas pelo homem em todo o mundo. O lugar continua atraindo gente interessada em ver essa “maravilha”.

4. Complexo arquitetônico de Bibi-Khanym, Uzbequistão

A grande mezquita de Bibi-Khanym, situada em Samarcanda, Uzbequistão, foi construída por ordem do lendário guerreiro Tamerlan no fim dos séculos XIV — XV, em homenagem a uma bem-sucedida campanha militar na Índia. O edifício religioso, que leva o nome da esposa do governante, é decorado com azulejos e mármore, e é um dos principais pontos turísticos do país.

A partir do século XIX, Bibi-Khanym começou a ser destruída por conta de terremotos. Na época do regime soviético (do qual o Uzbequistão foi parte), restavam apenas ruínas do complexo arquitetônico. A restauração do monumento começou no fim do século XX, e hoje está bem preparado para receber os turistas. Mas o fato é que muitas pessoas que visitam o Uzbesquistão saem decepcionados, pois acham que iriam encontrar um local repleto de antiguidades orientais, não um edifício novo. E um arquiteto francês, Jean Roth, chegou até a qualificar como “uma barbaridade” o trabalho realizado pelos profissionais que fizeram a restauração dessa mesquita, comparando-a com as ações destrutivas que o Talibã realizou em vários monumentos budistas.

5. A múmia da princesa de Altai

Uma das principais atrações de Altai, Rússia, é a múmia de uma princesa, encontrada na planície de Ukok. Os xamãs locais a consideram como aquela que deu origem ao povo nativo da região chamado Kydyn e insistem que o corpo da mulher deve ser retirado do museu e devolvido para sua tumba. Eles acreditam que, enquanto os especialistas continuem “profanando” o corpo, as tragédias se abaterão sobre Altai.

Porém, os especialistas já acalmaram os moradores que acreditam nisso. A mulher encontrada não pode ser a princesa, uma vez que se trata de uma pessoa caucasiana e, muito provavelmente, da classe média. Por isso, considerá-la como um membro da realeza não estaria correto.

6. Estátuas da Acrópole (Grécia)

A Acrópole de Atenas é uma das mais famosas construções do mundo antigo. Sua história começa um milênio e meio antes de Cristo. No começo, era apenas uma colina fortificada com pedras, que depois deram espaço para um complexo de templos com estátuas dos antigos deuses gregos. Hoje, o local é dominado por ruínas, mas muitos monumentos estão incrivelmente bem preservados.

Essas estátuas, no entanto, são falsas. Pois é, os turistas que visitam Atenas veem, na realidade, cópias. As originais foram levadas pelo embaixador britânico no Império Otomano (que incluía a Grécia). Isso foi feito com o argumento de que seria preciso preservar os antigos monumentos. Hoje, elas bem que poderia voltar à terra natal, uma vez que nada mais as ameaça. Porém, elas continuam guardadas no Museu Britânico, e ninguém parece ter pressa para devolvê-las.

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados