18 Fatos sobre a juventude na Rússia czarista do século XIX que podem parecer bem estranhos hoje

Curiosidades
há 2 anos

É difícil imaginar nossa vida hoje sem aparelhos tecnológicos, shoppings, parques de diversões e viagens internacionais. No entanto, em um passado muito recente, nossos ancestrais não precisavam de nada disso: eles tinham muitas maneiras de se divertir.

Nós, do Incrível.club, decidimos descobrir como os jovens do passado viviam, sem as formas modernas de entretenimento. Confira!

  • Geralmente, no século XIX, não havia um desejo forte dos jovens em se casar: os rapazes eram mais atraídos pelas mulheres casadas. E não à toa: com as mais experientes era possível conversar sobre interesses sem medo de cair na armadilha do casamento.
  • Havia dois grupos especiais na Rússia czarista que eram categoricamente proibidos de se casar: estudantes e professoras de escola. Os estudantes não podiam escolher suas esposas até que tivessem concluído seus estudos, enquanto as professoras eram obrigadas a manter um voto de celibato até se aposentarem.
  • Propriedades de luxo não eram moda naquela época na Rússia: a maioria das casas dos ricos comerciantes do país era como as de seus funcionários. Não havia extravagâncias arquitetônicas e, talvez, a única diferença fosse a questão da limpeza.
  • Muitos jovens nobres também não queriam administrar as próprias propriedades da família. Na maioria das vezes, os cuidados do lar caíam sobre os ombros de suas mães, parentes solteiros e tias, que se dedicavam à rotina das tarefas domésticas.
  • O conhecimento de uma língua estrangeira, no final do século XVIII e início do XIX, era de extrema importância para a vida, pois proporcionava aos jovens o acesso à educação e uma posição na sociedade. De modo a proporcionar um futuro brilhante para os filhos, os proprietários de terra, de boas condições financeiras, buscavam empregar franceses como funcionários.
  • Jovens de origem aristocrática também poderiam pagar professores particulares de pintura e canto. Havia também escolas especiais para mulheres nobres, mas as estudantes estavam tão desconectadas do mundo real que podiam se apaixonar por um visitante aleatório, um padre local ou um parente de um colega de classe, devido à falta de contato com o mundo exterior. Uma donzela adoecer por amor era considerado o auge da sofisticação.
  • Algumas mulheres russas, para o terror de seus pais conservadores, fundaram uma nova subcultura no final do século XIX: a das mulheres estudantes chamadas “cursistas”. Elas se comportavam como “homens” para os padrões da época, cortavam os cabelos curtos e usavam óculos grandes, além de se considerarem a elite intelectual da época.
  • Antigamente, dava-se muita importância às roupas. Segundo a etiqueta da época, a mulher tinha de trocar de roupa várias vezes ao dia. Usar o mesmo vestido era considerado motivo de piada.
  • Na Rússia do século XIX, a geração mais velha da população abastada permaneceu fiel às antigas tradições e usava apenas “roupas russas”, enquanto a geração mais jovem começou a usar trajes europeus. Os jovens comerciantes ricos tentavam se vestir exclusivamente conforme a moda francesa.
  • Nas famílias camponesas pobres a situação era mais simples: os meninos usavam camisas de linho somente nos feriados, e os sapatos do dia a dia eram trocados por botas. As garotas, por outro lado, tentavam se vestir o melhor possível, usando vestidos de verão bordados e casacos.
  • O trabalho no frio, no vento e sob o sol escaldante fazia com que, aos 25 anos, os jovens que trabalhavam no campo se transformassem em velhos: a pele ficava seca, enrugada e queimada.
  • Para evitar as consequências desagradáveis do trabalho no campo, as garotas cossacas cobriam o rosto. Dessa forma, o sol não as prejudicava e elas conseguiram manter a pele jovem por mais tempo.
  • Havia também uma regra não dita na sociedade daquela época: em um passado não tão distante, não era costume mexer muito o rosto. Acreditava-se que as expressões faciais pronunciadas eram características apenas de pessoas com problemas mentais, razão pela qual as crianças desde pequenas eram forçadas a manter o rosto imóvel e até um pouco tenso.
  • Jovens da alta-sociedade também não podiam demostrar sentimentos e emoções. As damas solteiras eram proibidas de bocejar publicamente, rir, espirrar, chorar e até de comer em público, porque precisavam abrir a boca.
  • Todavia, isso não é tudo: as meninas eram proibidas de ir ao banheiro em locais públicos, e esse tabu valia tanto para teatros quanto restaurantes. Também era proibido que uma senhora fosse ao banheiro quando estivesse recebendo convidados.
  • O entusiasmo dos jovens do século XIX, por vezes os levou a estabelecer uma variedade de clubes e organizações. Uma das mais famosas foi uma associação chamada “Populistas”, que hoje poderia ser considerada uma precursora dos hippies. Os membros dessa organização abandonaram suas famílias, estudos e trabalho e “saíram pelo mundo” para ensinar as crianças a ler e escrever, cuidar de doentes e apresentar novas ideias.
  • Muitas brincadeiras eram extremamente populares na Rússia czarista, especialmente o jogo de desafios e o pega-pega, até hoje muito populares.

A juventude camponesa brincando de pega-pega.

  • Embora o trabalho no campo consumisse muito tempo e energia, a juventude camponesa também não perdia tempo. Os rapazes e as moças dos vilarejos se reuniam para cantar, dançar ou contar histórias. Nos grandes feriados, eram organizadas celebrações enormes, com barracas vendendo tortas e panquecas, banda e até carrosséis caseiros.

Você gostaria de ser jovem no século XIX? Em caso afirmativo, por quê? Conte para a gente na seção de comentários.

Comentários

Receber notificações

Artigos relacionados