17+ Objetos que talvez você tenha em casa e podem valer um dinheirinho (ou um dinheirão!)

Curiosidades
há 1 ano

Uma casa às vezes esconde pequenos tesouros. Eles podem estar entre a coleção de discos antigos, no armário onde estão empilhados os objetos da vovó, na estante em que você guarda os brinquedos mais queridos da infância ou no fundo da gaveta, onde ficou largado aquele celular que nem para armazenar contatos serve mais.

Alguns objetos aos quais a gente nem dá mais atenção podem valer um dinheirinho extra. Ou um dinheirão, caso você tenha a sorte de ter guardado por anos algo realmente valioso.

Incrível.club fez uma seleção de alguns itens que têm valor nos sites de objetos usados ou nas feirinhas de trocas e antiguidades. Alguns mais raros e outros bem comuns. Veja se há algum deles no meio da bagunça...

1. Boneca Susi

Susi foi um ícone entre as garotas brasileiras dos anos 1960 e 1970, quando a Barbie ainda não havia conquistado nosso mercado. Como a boneca americana, Susi foi lançada em várias versões: esportista, noiva, com roupa de praia... E tinha um namorado chamado Beto. Deixou de ser fabricada pela Estrela em 1985, mas voltou às lojas de brinquedos em 1997.

Uma Susi antiga, se estiver com as roupinhas originais e em bom estado, pode valer mais de R$ 1 mil no mercado de antiguidades. Alguns vendedores chegam a pedir R$ 2 mil ou mais.

Para conhecer melhor as características das bonecas Susi de cada época, o blog da colecionadora Ana Caldatto, Boneca Susi Museu Virtual, e sua conta no Instagram são boas referências. Ana inclusive dá dicas para limpar e restaurar bonecas.

2. Consoles, cartuchos e Game Boy

Quem guardou com carinho seus consoles e cartuchos de games dos anos 90 e começo dos 2000 fez um pequeno investimento. Os games desta época, sobretudo a linha Nintendo 64, são muito valorizados por colecionadores. Claro, é preciso que os aparelhos estejam em ótimas condições de funcionamento para alcançar um bom preço.

Um Nintendo 64 completo, na caixa original, ultrapassa facilmente a faixa dos R$ 1 mil. Quanto aos cartuchos de jogos, é preciso pesquisar bastante. Alguns itens que não tiveram muita popularidade na época do lançamento hoje são raros e cobiçados pelos fãs dos games vintage. É o caso do Ogre Battle 64, cujo preço pode ultrapassar os R$ 300, se estiver em perfeitas condições, na caixinha original e com o manual de instruções.

O console do Playstaion 1, lançado pela Sony em 1995, também é cobiçado e facilmente ultrapassa os R$ 1 mil no comércio de raridades eletrônicas. Se o seu videogame antigo é da marca Sega, também vale pesquisar seu valor. E o Game Boy da Nintendo, lançado em 1989, pode valer de R$ 1 mil até quase R$ 8 mil, se estiver lacrado.

3. Animais em resina de Abraham Palatnik

Nos anos 1960 e 1970, o artista plástico brasileiro Abraham Palatnik criou uma série de animais reproduzidos em uma resina chamada lucite. Virou moda decorar a casa com eles. De uns tempos para cá, os bichinhos foram redescobertos e muita gente faz coleção deles, inclusive no exterior.

Dependendo do tamanho, um animal de Palatnik pode valer de R$ 300 até mais de R$ 2 mil. É fácil identificá-los pela assinatura Pal em algum cantinho da peça.

4. Discos de vinil

Se você teve a sorte de herdar uma pilha de discos de vinil daquele tio que curtia MPB e rock nos anos 1970, pode haver uma pequena fortuna nas suas mãos. Para saber o valor de uma coleção, é preciso ter muita paciência e pesquisar a cotação de item por item, minuciosamente.

O melhor local para avaliar seus discos por contra própria é a plataforma global Discogs, pois ela dá uma estimativa precisa de quanto vale cada exemplar com base nas últimas vendas efetuadas. Lembre-se de que têm mais valor as edições originais (a primeira prensagem do disco) e vinis limpos, sem chiados ou pulos, com a capa bem conservada.

Alguns discos brasileiros chegam a ter preços bem altos, como o álbum duplo Paêbiru (1976), de Lula Côrtes e Zé Ramalho. A primeira edição pode facilmente valer mais de R$ 5 mil. Bossa nova, rock brasileiro psicodélico e samba rock são gêneros bem cotados no mercado mundial. Os compactos, que são aqueles disquinhos com uma ou duas músicas de cada lado, também podem valer um bom dinheiro.

Equipamentos antigos como toca-discos, amplificadores e caixas acústicas também são muito valorizados por quem gosta de ouvir o som do vinil.

5. Objetos de baquelite

Na primeira metade do século 20, este plástico duro e pesado chamado baquelite foi muito comum na fabricação de rádios, televisores, telefones, bijuterias, botões de roupa e o que mais se posssa imaginar em termos de objetos de uso pessoal e de decoração. Aquele telefone pretão que pertenceu ao seu bisavô provavelmente é de baquelite.

Os preço variam bastante, de acordo com o tamanho e a importância do objeto. Um rádio antigo de baquelite pode valer mais de R$ 2 mil. Os telefones estão na média dos R$ 500.

6. Ferrorama

O Ferrorama, da Estrela, era um brinquedo bastante cobiçado por meninos e meninas dos anos 1970.

Quem conservou bem seu exemplar, na caixa original e sem perder nenhuma pecinha, hoje pode vendê-lo por cerca de R$ 1.000.

7. iPod

O iPod causou uma revolução no jeito de ouvirmos música ao ser lançado pela Apple em 2002. Com o avanço dos smartphones, que hoje podem armazenar músicas, vídeos, fotos e outros tipos de arquivo, os iPods perderam popularidade.

Mas há quem se disponha a pagar mais de R$ 8 mil por um iPod original, da primeira geração, sem uso. Veja se o seu aparelho, esquecido em um canto, está em bom funcionamento e faça uma cotação.

8. Peças de murano

Se os seus avós casaram na década de 1960, é muito provável que tenham ganhado peças de murano, um vidro pesado e cheio de detalhes coloridos, produzido justamente na cidade de Murano, Itália. Este tipo de artesanato foi moda naqueles tempos e hoje as peças mais antigas são muito valorizadas por colecionadores e decoradores.

É difícil estabelecer uma faixa de preço, pois há objetos de várias dimensões e com menor ou maior complexidade de detalhes. Porém, para se ter uma ideia, um simples cinzeiro antigo de murano pode valer, em média, R$ 1.500 no mercado internacional. No Brasil, os preços são mais modestos, mas é preciso saber distinguir o que é murano de verdade e o que é imitação.

9. Walkman e radiogravador

É incrível, mas ainda há muitos fãs das fitas cassete no mundo. Por consequência, são admiradores do walkman, a forma portátil mais sofisticada de ouvir música até o final do século 20.

Um walkman que esteja funcionando direitinho ultrapassa facilmente o valor dos R$ 2 mil. A marca Sony é uma das mais apreciadas pelos amantes destes aparelhos antigos.

Aquele radiogravador grandão, conhecido como boombox pelos dançarinos de hip hop, é outro aparelho de som da antiga que pode valer um bom dinheiro. Modelos bem cotados no mercado são avaliados tranquilamente em mais de R$ 2 mil.

10. Brasilino, Brejeiro e Elefantinho da Shell

Estes bonequinhos eram brindes da Fábrica de Móveis Brasil, do arroz Brejeiro e dos postos de gasolina Shell, respectivamente, nos anos 1960 e 1970.

Brasilino é o mais bem cotado: seu preço pode começar na faixa de R$ 500. Os bonequinhos da família Brejeiro, que vinham dentro dos sacos de arroz, valem entre R$ 100 e R$ 200 a peça. Os mascotes da Shell, que eram distribuídos em postos de gasolina, podem custar de R$ 50 a R$ 200.

Bonecos promocionais, em geral, são itens bastante colecionáveis. Empresas como Bardahl, Varig, Esso ou eventos esportivos como a Copa do Mundo lançaram seus exemplares. Vai que você encontra algo interessante no baú da família.

11. Moedas

Algumas moedas brasileiras são bem cotadas no mercado de colecionismo — e nem precisam ser tão antigas. A moeda de 1 real que comemora os 50 anos da Declaração dos Direitos Humanos, cunhada em 1998, hoje é vendida por cerca de R$ 200. A série completa das moedas das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro também é colecionável, e seu preço deve aumentar com o tempo.

Caso seus avós tenham deixado de herança uma lata de moedas velhas, respire fundo e pesquise a origem e o valor de cada uma, pois pode haver raridades no meio da bagunça. O mesmo vale para cédulas de dinheiro e selos que estão em antigos envelopes de correspondência. Vai que tem algo valioso naquela velha carta que a tia Eusébia recebeu do namorado...

12. Tamagotchi

No final dos anos 1990, era difícil encontrar uma criança em idade escolar que não tenha levado bronca da professora porque estava brincando com o Tamagotchi no meio da aula. O desafio do brinquedinho eletrônico japonês, do tamanho de um chaveiro, consistia em cuidar de um bichinho e evitar que ele morresse de fome.

Hoje um Tamagotchi antigo, importado do Japão (houve muitas imitações chinesas), custa cerca de R$ 100. Se estiver lacrado, sem uso, pode bater na casa dos R$ 10 mil.

13. Prataria

Até os anos 1960 ou 70, as famílias brasileiras tinham objetos de prata em casa: bandejas, taças, serviços de chá, talheres e outros utensílios. Como é chato manter a prataria (é preciso limpar periodicamente) e a vida foi ficando mais prática, as pessoas foram se desfazendo destas peças.

Sobrou alguma coisa da prataria dos seu avós, lá no alto dos armários? Vale a pena conferir e cotar os preços, que vão depender da origem, do tamanho e dos detalhes das peças.

14. Taças

A taça em que a vovó brindou com champanhe seu noivado pode valer alguma grana. Mas é sempre bom pesquisar, pois o preço deste tipo de produto também varia de acordo com a procedência, o trabalho do artesão, os detalhes da manufatura, se é de vidro ou de cristal...

Dica: bares de coquetelaria costumam dar valor a este tipo de produto, pois alguns bartenders gostam de servir seus drinques em taças e copos com charme antigo.

15. Celulares velhos

Com todas as facilidades e recursos dos nossos modernos smartphones, tem gente que acha chique mesmo usar um celular antigão, daqueles que vêm com o jogo da cobrinha instalado. Por isso, dê uma olhada no fundo das gavetas de casa para ver se sobrou um modelo interessante.

Um Nokia 3210, por exemplo, pode valer mais de R$ 100. Se não tiver uso, ultrapassa facilmente os R$ 500.

16. Luminárias

A luminária da foto, própria da passagem dos anos 1950 para os 60, é um item muito valorizado por decoradores que querem dar um toque vintage a um ambiente.

Se você herdou alguma da avó ou da tia, vale restaurá-la. Uma peça destas, sem bem cuidada, vale tranquilamente mais de R$ 4 mil.

Todo o mobiliário do meio do século 20 (chamado de mid century na gíria dos designers de interiores) hoje custa bem caro. Vale pesquisar lojas que trabalham com este tipo de material para ver se há objetos similares em posse de sua família.

17. Babyssauro

No começo do milênio, o boneco Babyssauro, que dizia “não é a mamãe” e outras frases, virou uma febre, por causa da série A Família Dinossauros, exibida pela Rede Globo.

Hoje o Baby falante é negociado por cerca de R$ 300.

Bônus: Dicas para negociar antiguidades e velharias

  • Pesquise: como já dissemos acima, pesquisar e buscar o máximo de informações sobre os objetos que pretende vender é fundamental. Consulte a internet e passeie por feirinhas de antiguidade para ter uma base de preços. Você pode se surpreender com as descobertas.
  • Cuidado com o preço sem noção: muitos comerciantes de coisas antigas e usadas chutam os preços para o alto, no melhor estilo “se colar, colou”. Não é porque um produto foi anunciado por R$ 14 mil em uma plataforma de comércio que ele vale mesmo tudo isso. Sempre consulte o maior número possível de fontes para tirar a média.
  • Tudo tem um preço: pode ser alto ou baixo, não importa. Negociar é o que interessa, seja para algo que esteja atravancando seu espaço ou que tenha grande valor no mercado.

Prefira vender para o consumidor final: às vezes é mais rápido vender para o negociante de antiguidades e usados, mas ele com certeza pagará um preço menor, pois seu interesse é lucrar com aquela peça. Montar uma loja em sites como Mercado Livre, eBay ou Enjoei (bom para roupas e acessórios) é mais negócio. Porém, pode ser mais demorado achar compradores.

Você tem objetos parecidos em sua casa? Ou conhece quem tenha? Conte nos comentários o que gostaria de vender ou adoraria comprar!

Comentários

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Tenho , em casa ,uma bandeja que comprei em Florença, Itália, 1995. Confecionada em vidro e Madeira. Na época paguei 120 dólares. E uma peça, porta revistas, em vidro. Gostaria de saber o valor. Não sei como pesquisar.

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