12 Fatos incomuns sobre o Japão vistos por ocidentais que se mudaram para lá

Curiosidades
há 4 anos

Tentamos aprender o máximo possível sobre outros países através de programas de TV, filmes, livros e Instagram, mas você só pode realmente entender um lugar depois de ter vivido lá por muito tempo. Esta afirmação se aplica especialmente ao Japão, pois parece que sempre haverá algo para nos surpreender.

Incrível.club deu uma olhada nos blogs de pessoas de países ocidentais que se mudaram para o Japão e compartilharam algumas observações sobre esse país incrível.

1. As japonesas raspam todo o rosto e os braços regularmente

No Japão é comum raspar os braços, já que os pelos nessa parte do corpo são considerados indecentes. Mesmo as pessoas que se mudam para esse país precisam se adaptar a esse hábito. Além disso, muitas mulheres depilam completamente seus rostos. Algumas o fazem uma vez por mês, outras todos os dias em casa comprando barbeadores especiais que são vendidos nas lojas locais.

A depilação de todo o corpo é muito popular (exceto cabelo, cílios e sobrancelhas). Na primavera, as esteticistas que fornecem tais serviços começam a promovê-los ativamente e dão descontos.

Os jovens também não ficam atrás. Costumam depilar seus rostos na clínica estética para não se barbear todas as manhãs. Da mesma forma, para ter um rosto perfeito, eles raspam um pouco as sobrancelhas e, em geral, cuidam-se minuciosamente. Por exemplo, é normal que um jovem japonês use uma base de maquiagem.

2. Os sem-teto constroem abrigos de papelão bem feitos e até barracos completos

Devido aos altos preços das moradias, nem todos os japoneses podem alugar um apartamento. Portanto, no país do sol nascente existem moradores de rua. Muitos constroem casas de caixas de papelão. Alguns conseguem fazer barracos, como na foto acima.

Os sem-teto até constroem casas de papelão no centro da cidade. Em seu interior não há comodidades, por isso as pessoas sem residência precisam ir aos banhos públicos gratuitamente pela manhã, que estão praticamente em cada esquina.

3. As regras para alugar um apartamento são as mais estritas no mundo

Os proprietários estabelecem regras muito precisas sobre o número de pessoas que podem morar no apartamento. Se o local é apenas para uma pessoa, então é proibido até mesmo ir morar com a esposa, tudo é muito rigoroso. Em alguns casos, os apartamentos são alugados apenas para moças. Nas residências estudantis e perto da universidade com especialidades artísticas, é possível dedicar-se à música dentro dos apartamentos. Frequentemente, muitos proprietários não querem alugar seus apartamentos para estrangeiros, mesmo que tenham um emprego e residam no Japão por vários anos.

Raramente os proprietários de apartamentos permitem animais de estimação. E se o permitirem, na maioria das vezes o inquilino terá que pagar aproximadamente mais um aluguel por mês. Além disso, os animais no país custam caro: para um pug você terá que pagar cerca de 1.000 dólares (aproximadamente 4 mil reais).

4. No Japão, você pode contratar um serviço de mudança

As pessoas contratam serviços especiais de mudança, que coletam e transportam suas coisas. No início, as empresas se comunicam com os vizinhos, pedem desculpas pelo desconforto futuro, barulho e o caminhão que vai ocupar o meio da rua, entre outras coisas. Como forma de pedir desculpa, a pessoa que se muda pode oferecer uma caixa de doces ou guardanapos.

Antes da chegada dos carregadores, um avaliador vai até o local, descreve todos os móveis de grandes embalagens, eletrodomésticos e objetos frágeis e avalia o volume total das coisas a serem transportadas. A empresa pode reciclar os aparelhos antigos e também vender e instalar os novos no dia da mudança. Antes de remover uma peça da mobília, todas as paredes são cobertas com um protetor de antichoque.

Cada vaso é embrulhado em papel, as roupas não são removidas dos cabides (já que cabem em uma caixa especial junto com o suporte) e os sapatos são mantidos em caixas portáteis com divisórias. Também existem caixas especiais para eletrodomésticos, louças e roupas. Os trabalhadores criam um plano de distribuição das coisas para que depois as prateleiras fiquem quase na mesma ordem.

5. É comum conseguir emprego um ano antes de se formar na universidade

Nos projetos finais de graduação (por exemplo, como o da foto anterior), pelo menos alguns meses são gastos. Mas os alunos têm cerca de meio ano para sua criação, já que a maioria deles está assinando contratos com o empregador e não tem que perder tempo para enviar currículos e comparecer a entrevistas.

A contratação para os trabalhos ocorre em março-abril, um ano antes da formatura, e no período chamado “job-hunting season” (temporada de procura de emprego). Os estudantes começam a enviar seu currículo para empresas no penúltimo ano de seus estudos.

Aqueles que durante os 2-3 meses da primavera não conseguiram encontrar trabalho em grandes empresas tentam a sorte nas médias e pequenas, onde a contratação ocorre no verão e até no outono. É interessante que empresas de grande e médio porte não contratem homens e mulheres com cabelos pintados ou homens com barba.

6. Foi aprovada uma lei que obriga os empregados a descansar

Muitos japoneses descansam apenas aos domingos, enquanto seu salário já pode incluir horas extras. Se numa determinada empresa o salário é calculado sem as horas extras, considera-se que é possível sair no horário sem qualquer impedimento e não trabalhar em casa. Os novos funcionários recebem cerca de 10 dias de férias remuneradas por ano (incluindo os dias de licença médica). Quanto maior o tempo do empregado na empresa, mais dias de férias ele terá. Mas ao longo dos anos, são acrescentados apenas um ou dois dias.

Como os funcionários costumam trabalhar mais do que o normal e raramente tiram férias, em 1º de abril foi aprovada uma lei que obriga os trabalhadores do país a descansar mais. Agora, além dos 10 dias obrigatórios de férias, a empresa é forçada a não operar durante 5 dias para que os funcionários descansem. Estes dias podem ser distribuídos ao longo do ano. Da mesma forma, é proibido trabalhar mais de 45 horas por semana (caso contrário, haverá multa). Tampouco se pode trabalhar entre as 22h e as 5h, caso contrário o funcionário terá que passar por dois exames médicos obrigatórios por ano (em vez de um), que serão pagos pela empresa.

7. O estresse de trabalhar horas extras trouxe junto uma paixão por coisas ternas e fofas

Possivelmente, devido ao vício em trabalho, o Japão se tornou um país líder no design estético das coisas (cosméticos, roupas, materiais de escritório, etc.). Para aliviar o estresse e a tensão, os homens bebem algumas cervejas depois do trabalho, enquanto as mulheres costumam ir às lojas e comprar coisas bacanas.

Devido à grande demanda, aparecem muitos lugares visualmente agradáveis ​​e às vezes estranhos. Recentemente, nas ruas, havia uma barraca de comida de rua atendida por... um cachorro shiba inu. Ao lado dele estava a inscrição: “Eu sou um cachorro, então não posso lhe dar o troco”. Qualquer excedente ficará de gorjeta para o cão.

8. O Japão é famoso por suas muitas regrinhas que devem ser seguidas a priori

Por exemplo, é melhor levar bolsas grandes para o trabalho, mesmo que estejam quase vazias, caso contrário você não será considerada uma pessoa séria (o mesmo se aplica aos homens). É estritamente proibido entrar com os sapatos em casa, mesmo que sejam novos ou se você simplesmente decidiu experimentar sapatos recém-comprados. Acredita-se que apenas os mortos podem estar dentro da casa com os sapatos, pois faz parte do costume. Pela mesma razão, é estritamente proibido enfiar os hashis para a alimentação no arroz e em outros pratos, uma vez que a comida com os hashis enterrados é colocada perto das fotografias dos falecidos.

9. O campo da medicina tem suas desvantagens

É difícil para os estrangeiros se acostumarem com a medicina japonesa. Nesta área, ao contrário de muitos outros países, nem tudo é feito para o conforto do paciente:

  1. O horário de atendimento dos hospitais coincide com as horas de trabalho das empresas. Por isso, para ir ao hospital é preciso tirar uma folga do trabalho.
  2. As clínicas não atendem em finais de semana nem nos feriados.
  3. Frequentemente são prescritos muitos medicamentos, de 5 a 6, para sintomas diferentes. É por isso que tudo está escrito na “caderneta de medicamentos”, onde todos são anotados.
  4. Muitas vezes, nas instituições médicas manifesta-se uma discriminação, inclusive podem não aceitar os estrangeiros, alegando que a instituição só atende os japoneses (embora isso não seja bem assim). Tais situações ocorrem com maior frequência quando a pessoa fala mal o japonês.

Mas também tem suas vantagens. O seguro de saúde obrigatório custa cerca de 200 a 300 dólares (cerca de 800 a 1.200 reais) por mês, mas cobre apenas cerca de 70% das despesas médicas e medicamentos. Algumas farmacêuticas enviam caixas com medicamentos contra resfriados de graça para diferentes empresas (como na foto). Quando acabarem, é possível pedir mais uma, mas dessa vez será preciso comprar. Em caso de necessidade de uma ambulância, o atendimento é bom e rápido, independentemente da cidadania de quem precisa do serviço. Para quem tem seguro de saúde em geral não é cobrado nada.

10. Nas ruas não há lixeiras e mesmo assim elas estão sempre limpas

Diferentes tipos de lixo são jogados em determinados dias. Por exemplo, lixo orgânico apenas duas vezes por semana. Para isso, certas áreas são indicadas diretamente na rua e as sacolas são colocadas sob uma rede especial.

Praticamente não há latas de lixo nas ruas. Isso porque as pessoas pagam pela coleta de lixo, então é preciso levá-lo para fora de casa. É por isso que muitos japoneses mantêm pequenos sacos de lixo que levam consigo. Em algumas escolinhas, as mães recebem todas as fraldas sujas que foram usadas por seus filhos.

11. As máscaras deixaram de ser uma proteção exclusiva para evitar infectar outras pessoas com um resfriado

Hoje em dia, as máscaras se tornaram algo mais importante: primeiro, estão na moda, já que são vendidos modelos na forma de rostos de gatos, personagens de anime e outros. As garotas podem cobrir o rosto quando não têm tempo ou não querem se maquiar antes de sair. Alguns praticamente não a tiram e a usam como um método para se isolar do mundo exterior, como se dissessem que não querem conversar. Em geral, no Japão as pessoas gostam de permanecer anônimas e de não se destacar de forma alguma, tanto que mesmo na Starbucks a tradição de escrever nomes nos copos não pôde ser adaptada.

12. Devido à falta de espaço, em áreas abertas são instalados estacionamentos de dois níveis

O nível inferior é subterrâneo e é possível levantar o carro com a ajuda de um controle especial. O dono do veículo é o único que tem as chaves. O nível inferior tem uma drenagem especial para desviar a água, para que o proprietário tenha uma minigaragem cômoda, de onde é praticamente impossível roubar um automóvel. A única desvantagem é que o carro tem que ser adequado para o tamanho de tal vaga.

Você tem conhecidos que se mudaram para outro país? Ou talvez tenha passado por uma mudança assim? Conte-nos alguns fatos surpreendentes sobre o exterior do seu ponto de vista!

Comentários

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O Japão eu adoro. Ja a China eu n tenho vontade nenhuma kk eles tem q fazer as necessidades no chao

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