10+ Segredos que guardam algumas peças comuns do guarda-roupa

há 3 anos

Ao longo da existência da humanidade, as roupas mudaram repetidamente sua aparência e até o seu propósito, enquanto algumas peças caíram no esquecimento. Por exemplo, há um tempo, o suéter de gola alta virou peça curinga do guarda-roupa de ativistas feministas, e o uso de uma simples luva era uma forma de desafiar seu oponente para um duelo ou de fazer uma declaração de amor.

No Incrível.club, descobrimos como os nossos ancestrais usavam roupas que agora fazem parte do nosso vestuário básico.

1. Cinto

cinto era um item exclusivo dos cavaleiros e tinha um papel prático — segurar uma espada. Também servia como suporte para as calças, impedindo-as de baixarem. Mais tarde, tornou-se um acessório de luxo.

Isso fez com que alguns países aplicassem leis que restringiam a extravagância dos cintos, usados por pessoas abastadas que exageravam nos adornos.

Algumas culturas deram um valor simbólico a esse objeto: trocar de cinto com alguém significava selar uma aliança, e tomar o cinto do inimigo, ter poder sobre ele.

Antigamente, homens e mulheres costumavam usar cintos de modos diferentes: os homens, no quadril, e as mulheres, abaixo do peito.

Na Idade Média, o cinto era um símbolo de amor e fidelidade entre os nobres e também o do triângulo amoroso entre um marido, uma esposa e um cavaleiro apaixonado por ela. A mulher que morria de amores por seu amante, lhe dava o seu cinto. Dessa forma, ela rogava pelas conquistas dele e desejava que o seu amor o acompanhasse por toda a parte. Nesse contexto, as referências aos cintos podem ser encontradas em obras literárias do período.

2. Suéter de gola alta

Inicialmente, eram os homens que usavam essa peça: os trabalhadores e militares foram os primeiros a adotar o suéter de gola alta no seu guarda-roupa, seguidos pelos jogadores de polo. Em todos os casos, a vestimenta cumpria uma única função — aquecer quem a usava.

No início do século XX, a peça chamou a atenção de mulheres ousadas. O surgimento da nova tendência se deve, em grande parte, ao ilustrador Charles Gibson, que criou um padrão novo de beleza feminina, o qual entrou para a história como Gibson Girl (“Garota Gibson”). Essas garotas frequentemente eram retratadas dominando os homens e vestindo suéteres de gola alta.

Logo depois, foi lançado o filme Cinderela em Paris, estrelado por Audrey Hepburn, em que a atriz aparece dançando, usando um suéter de gola alta. Os espectadores se lembram da personagem por uma frase sua: “Eu sou diferente”, que acabou associando a peça a um estilo informal, porém muito elegante.

Consequentemente, as atrizes mais populares da época — Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Lauren Bacall, entre outras — começaram a usar esse tipo de suéter no dia a dia; e quanto mais apertado, melhor. Assim, elas mostravam a beleza do corpo e o poder feminino.

3. Lenço

Essa peça costumava ter um valor prático: por exemplo, os soldados romanos amarravam um lenço no pescoço ou na cintura para enxugar o suor do rosto. Nesse caso, usava-se um lenço de linho. Posteriormente, ele se tornou um marcador de patente: as pessoas das mais altas usavam lenços de seda, e as das mais baixas, de algodão.

O item virou elemento de estilo muito tempo depois. Um dos primeiros a usar o lenço como acessório foi Ludwig van Beethoven. Querendo encantar uma beldade austríaca, o compositor amarrou um luxuoso lenço de seda no pescoço.

4. Luvas

No passado, as mangas compridas desempenhavam o papel de luvas, aquecendo as mãos e servindo de pegadores, caso a pessoa precisasse segurar algo quente.

O protótipo das luvas modernas eram “pequenos bolsos”: saquinhos retangulares de tecido sem orifícios para os dedos, usados por mulheres e homens para proteger a pele de danos externos. Mais tarde, nesses “bolsos”, foi feito um compartimento especial para o polegar.

Curiosamente, os antigos romanos usavam luvas para comer. Naquela época, os talheres não eram frequentemente utilizados, então as pessoas costumavam comer com as mãos e calçavam luvas para não se queimarem.

Entre a nobreza, as luvas ganharam um valor simbólico. Jogar uma luva aos pés de outro cavalheiro significava desafiá-lo para um duelo; já entregá-la a alguém, significava se declarar um vassalo seu. A mulher podia expressar seu amor e benevolência por um homem simplesmente dando-lhe sua luva, que ele colocava em um saquinho especial atado ao pescoço.

Por exemplo, na imagem acima, a entrega da luva simboliza a fidelidade: assim, o cônjuge promete à sua esposa que cuidará dos seus filhos após a morte dela.

5. Camisa polo

Há cerca de 200 anos, na Índia, o primeiro clube de polo foi fundado pelos soldados britânicos. Os jogadores usavam uma roupa típica da época: uma camisa larga com mangas compridas de tecido grosso. Insatisfeitos com essas peças desconfortáveis, passaram a prender os colarinhos com botões às camisas, de modo a impedir que elas ficassem esvoaçando enquanto galopavam no campo durante o jogo.

6. Boxers

Antigamente, os homens costumavam usar ceroulas como roupa íntima. Muitos modelos tinham uma braguilha na parte de trás que se fechava com botões.

As cuecas boxers foram inventadas somente no século XX pelos próprios boxeadores, como se pode deduzir pelo nome. Elas foram uma verdadeira salvação para os atletas, dando liberdade total às pernas.

Em seguida, os soldados passaram a usar as boxers pelos mesmos motivos: liberdade de movimentos e boa ventilação, e então popularizaram seu uso.

7. Tutu

Inicialmente, o tutu era tão longo que cobria o tornozelo. A peça foi encurtando com o passar do tempo. No século XIX, uma bailarina subiu ao palco vestindo um tutu que deixava os tornozelos à mostra, o que era considerado indecente na época.

No final do século, o tutu encurtou tanto que deixava os joelhos expostos, mas passou a ser decorado com babados para dar um ar recatado à imagem das dançarinas.

Em geral, o comprimento do tutu dependia da complexidade da dança. Por exemplo, no final do mesmo século, no espetáculo O Lago dos Cisnes, as bailarinas tinham de dar certos saltos, difíceis de de executar usando um tutu longo. O balé causou muito escândalo, pois as dançarinas apareceram de tutus que mal cobriam o bumbum. Apesar do rebuliço, os tutus curtos tiveram uma boa recepção mundo afora, ganhando a popularidade quase imediatamente.

O mais interessante é que esse tipo de tutu mantinha a forma com a ajuda de um aro costurado por dentro.

8. Pijama

A palavra “pijama” vem do hindi pae jama, ou pai jama, que significa “roupa para as pernas”. No começo, o pijama era composto por calças largas, amarradas na cintura com um cordão e uma túnica por cima. Esse modelo de roupa era usado tanto por homens quanto por mulheres. Os colonizadores, inspirados na tendência local, trouxerammoda do pijama para a Europa.

9. Leggings

Em todas as épocas, as leggings integraram o guarda-roupa masculino. Por exemplo, eram usadas ​​para evitar o atrito entre a sela e a pele durante uma cavalgada; em países com temperaturas baixas, usavam-nas ​​para se aquecer. Foram os escoceses que introduziram a moda dessa peça, que, no momento, parecia uma espécie de botas acima do joelho.

10. Shorts

Antes, apenas os meninos usavam shorts. Vale ressaltar que a evolução de bebê para homem foi um processo coerente: os bebês usavam vestidos; os meninos, shorts curtos; os adolescentes, calções; os homens, calças.

Foi graças à ganância dos militares que os shorts se tornaram populares. Quando estavam nas ilhas Bermudas, os militares britânicos viram como o dono de uma loja de chá cortou as calças de seus funcionários, recusando-se a comprar uniformes novos. Sofrendo com as temperaturas extremamente quentes, os soldados adotaram o estilo e, assim, surgiram as primeiras bermudas.

11. Sutiã

Há muito tempo, as esportistas usavam sutiãs semelhantes aos atuais. No entanto, essa peça de roupa íntima não fez sucesso entre a nobreza, pois todas as mulheres usavam espartilhos. Além disso, ela não tinha bojos separados.

O primeiro sutiã foi criado no início do século XX, por uma mulher. Ela colocou um vestido, amarrou dois lenços no busto debaixo do corpete e patenteou a invenção. Infelizmente, esse modelo não resistiu ao teste do tempo e foi substituído por outros.

Por exemplo, por uma cinta, que podia facilmente ser feita em casa. A verdade é que, naquela época, o corpo esguio estava na moda, então as mulheres procuravam mais disfarçar o busto do que dar suporte aos seios. Em meados do século, foi criado o sutiã com aros acima do busto. Só depois disso surgiu o modelo moderno, com o qual estamos acostumados.

Sobre quais outras peças de roupa você gostaria de ler aqui, no Incrível.club? Conte para a gente nos comentários.

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