10 Móveis comuns hoje em dia, mas que tinham uma aparência e funcionalidade bem diferentes no passado

Curiosidades
há 2 anos

As primeiras coisas usadas como “móveis” pelo homem foram tocos, pedras e musgos. Com o passar dos séculos, nossos antepassados aprenderam gradualmente a projetar e construir cada vez mais objetos, e assim foram surgindo gradativamente mais artigos de mobília. Muitas das peças de marcenaria comuns hoje em dia, como banquetas e mesas, surgiram no Egito Antigo, tendo posteriormente a Grécia e a Roma Antigas continuado a diversificar as mobílias, criando poltronas e sofás.

A aparência dos móveis, assim como a decoração das casas, foi se transformando no decorrer dos séculos. E nós, do Incrível.club, decidimos conferir como alguns deles aparentavam no passado. Confira!

Cama

Na Idade Média, as pessoas dormiam semissentadas em uma espécie de armário — as chamadas camas fechadas. A aparência externa desse móvel lembrava muito um armário ou uma cômoda, e suas paredes, em primeiro lugar, protegiam as pessoas das correntes de ar e retinham melhor o calor; em segundo, protegiam dos animais que moravam na casa ou que poderiam invadi-la. Por fim, criavam também uma ilusão de privacidade. Na entrada da cama, frequentemente ficava um grande baú, que era usado tanto como degrau como para guardar roupas e lençóis.

Ao se preparar para dormir, a pessoa fechava a cortina na entrada ou até se trancava usando um ferrolho do lado de dentro. Mais tarde, no século XVIII, marceneiros britânicos inventaram camas fechadas secretas disfarçadas de guarda-roupas, armários ou escondidas atrás de estantes de livros. No século XX, esse tipo de móvel foi gradualmente caindo em desuso.

Cadeira

A cadeira francesa caquetoire (derivada da palavra francesa caqueter — “conversar”, em português) foi desenvolvida entre os séculos XV e XVI, e tinha um largo assento em forma de trapézio. E tudo para que as damas pudessem se sentar e ajeitar as dobras do vestido de forma estética e confortável enquanto sentadas durante uma conversa ou evento.

Seguindo a moda da época e devido à falta de um sistema de aquecimento adequado nas residências, as mulheres usavam várias camadas de saias por baixo da roupa para não passarem frio. Isso, por ouro lado, frequentemente as impedia de sentar-se confortavelmente em cadeiras com assentos retangulares.

Cômoda

As funções hoje associadas às cômodas antigamente eram desempenhadas por baús para dote. Eles eram projetados para guardar roupas, tecidos, roupas de cama — em geral, tudo que a mulher precisaria como um dote para o seu casamento. Uma peça bastante comum nas casas, as pessoas mais humildes costumavam sentar-se e até apoiarem-se para dormir nesses móveis enquanto outros tipos de mobília ainda não tinham se popularizado.

Aparador

Difundido na Europa nos séculos XV a XVII, o aparador era uma espécie de armário baixo no qual guardava-se a prataria e objetos de valor. Apenas pela aparência desse móvel, um convidado poderia determinar com precisão a classe social a qual o dono da casa pertencia. Nas casas de famílias ricas e nobres, os aparadores eram decorados com esculturas e feitos de madeiras caras. Nas moradias mais simples, essa peça desempenhava um papel mais funcional do que decorativo.

Aquecedor

Antigamente, os braseiros eram amplamente utilizados para aquecer os cômodos das casas. Tanto que na Espanha eles permaneceram como principal método de calefação, tendo desaparecido apenas no século XX. Um braseiro, por exemplo, podia ser colocado debaixo de uma mesa e coberto com um pedaço de tecido para aquecer os pés nas noites frias de inverno. Felizmente, com os avanços da tecnologia, surgiram maneiras mais seguras de se aquecer os cômodos.

Bidê

O bidê surgiu na França no século XVII e por muito tempo foram colocados nos quartos, assim como os penicos noturnos,. Apenas no século XX, com o advento dos vasos sanitários, eles foram transferidos para o banheiro. Antigamente, acreditava-se que o uso do bidê evitava a gravidez, de forma que ele era usado não apenas como um objeto de higiene pessoal, mas também como um instrumento contraceptivo (tendo sido considerado inefetivo posteriormente).

Espelho

Antigamente, os espelhos eram acessíveis apenas para os ricos. Por isso, costumava-se pendurá-los o mais alto possível como uma forma de proteger o item valioso, além de decorá-los de toda forma possível. E para que fosse possível se olhar nele apesar da altura, os espelhos eram acomodados formando um ângulo em relação à parede.

Além disso, existiam muitas superstições associadas a eles, como, por exemplo, olhar-se no espelho e não ver toda a extensão do seu corpo — o que era considerado um mau presságio. Logo, esses itens eram pendurados de tal forma a permitir que as pessoas pudessem ver seu reflexo inteiro ao olhar para cima.

Banco

O difros era um banquinho usado na Grécia Antiga com quatro pernas e nenhum encosto, basicamente um protótipo dos bancos modernos. Também existiu uma versão dobrável, que foi bastante popular e fez do difros muito convenientes para o uso no dia a dia. Até os deuses no friso do Partenon foram representados sentados em difros.

Guarda-roupa

Os primeiros guarda-roupas eram quartos especiais destinados ao armazenamento das roupas, aparecendo inicialmente nos castelos dos reis e nobres. Mais tarde, começaram a chamar de guarda-roupa o cômodo cujas paredes eram cobertas por prateleiras e armários. Até o início do século XX, os guarda-roupas eram caracterizados por armários massivos, porém pouco funcionais e com elementos decorativos em abundância.

Vaso sanitário

Os primeiros vasos sanitários não passavam de placas de pedra montadas para formar um assento e com buracos em cima. Os toaletes portáteis no formato de cadeiras ou caixas surgiram posteriormente na Idade Média. E eles foram amplamente utilizados antes da invenção do vaso sanitário equipado com descarga. No mais, eles também podiam dispor de ornamentos e decorações.

Qual o móvel ou artigo de decoração mais antigo que você ou um parente tem em casa? Compartilhe suas fotos e relatos com a gente na seção de comentários.

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