10+ Mitos criados pelo cinema que acabaram se tornando populares

Curiosidades
há 3 anos

Grandes e emocionantes produções cinematográficas não causam impressões apenas nos cinéfilos. Afinal, espectadores que conhecem bem história, física e outras ciências também podem assistir com entusiasmo aos blockbusters (assim como os famosos “filmes baseados em eventos reais”). E, certamente, essas pessoas nunca perderão a oportunidade de dizer onde os cineastas erraram feio na construção dos fatos mostrados na tela.

Nós, do Incrível.club, acreditamos que é sempre válido que os especialistas percebam e apontem os erros não tão óbvios para a grande maioria do público. Pensando nisso, selecionamos para o nosso post de hoje alguns mitos nos quais muitos passaram a acreditar graças ao cinema. Confira!

  • Ao decidir o desfecho das batalhas de gladiadores, os imperadores romanos não abaixavam o dedo. Esse mito surgiu por causa da pintura Pollice Verso, de Jean-Léon Gérôme, e mais tarde os cineastas o exploraram no mundo das telonas. Segundo historiadores, na vida real usava-se outro gesto, que podia ter diferentes significados.

  • Em um combate aéreo de verdade, as aeronaves não se aproximam mais do que cerca de 150 metros. Portanto, as lutas espetaculares feitas por Hollywood são falsas.
  • Quando o coração para, primeiramente deve-se fazer uma massagem de reanimação cardiorrespiratória para iniciar a circulação sanguínea, e só então a desfibrilação para eliminar a fibrilação ventricular, que em apenas 10% dos casos é o motivo de uma parada cardíaca. Portanto, as cenas de filme nas quais o coração voltar a bater com apenas o uso do desfibrilador sem antes ter sido feita uma sessão de massagem cardiorrespiratória não correspondem com a realidade.
  • Ao abrir o paraquedas, não se ouve o barulho do vento. Pelo contrário, há um silêncio absoluto. Além disso, você não conseguirá falar com outro paraquedista durante o voo.
  • É mito que alguém que trabalha na mídia será capaz de comprar um par de sapatos da Manolo Blahnik uma vez por mês. O salário dos jornalistas varia em todo mundo, mas nem sempre é alto. Por exemplo, o ganho médio de um profissional na Espanha, terra natal de Manolo Blahnik, é de 1.474 euros, enquanto um sapato da marca custa cerca de 995 dólares. Claro que um jornalista de sucesso pode ganhar muito mais do que isso, mas não se esqueça de que ele ainda tem contas de luz, água e outras despesas obrigatórias, por isso dificilmente conseguirá se dar ao luxo de comprar sapatos caros todos meses.
  • Ao fingir que é louco, você não escapará de uma punição por ter cometido um crime. Não importa a quantos filmes sobre maníacos ou assassinos em série já tenha assistido. Os advogados quase nunca usam a retórica de que um criminoso está mentalmente enfermo porque é extremamente raro conseguir uma absolvição. Além disso, pessoas com problemas mentais geralmente precisam ser submetidas a um tratamento obrigatório e ficam no hospital quase o mesmo tempo que passariam na prisão.
  • Comer sabão não fará espuma sair da boca. A espuma é resultado de um espasmo muscular, causado pelo excesso de saliva acumulada nos pulmões e que acaba se misturando com o ar. Os efeitos colaterais de comer sabão são limitados a vômitos e náuseas, e a longo prazo afetam gravemente o funcionamento intestinal.
  • Sofrer um golpe na cabeça não pode causar amnésia instantânea, assim como um segundo impacto não pode restaurar a memória.
  • Uma metralhadora não é capaz de disparar infinitamente por 1 minuto. Alguns modelos comportam apenas 30 balas, que podem ser atiradas ininterruptamente em 4 segundos. Em seguida, é necessário recarregar a arma.
  • O silenciador não torna o tiro completamente silencioso, apenas mais seguro para a audição.
  • A areia movediça não suga alguém magicamente em 1 minuto. Ela se mistura com a água e a pessoa consegue flutuar. Além disso, a areia movediça tende a se liquefazer.
  • Quando uma pessoa está se afogando, não fica balançando as mãos e pedindo ajuda em voz alta. Afinal, ela precisa do ar dos pulmões para respirar e as mãos para auxiliá-la a boiar.
  • Embora os dutos de ventilação sejam espaçosos, é improvável que alguém consiga usá-los. O suporte não foi projetado para o peso de um humano, e além disso os parafusos ficam do lado de fora.
  • Jogar um secador de cabelo ligado em uma banheira não necessariamente causará um choque. Alguém só é eletrocutado quando o corpo está diretamente complementando um circuito, ou seja, é atravessado pela corrente elétrica. No banho, a menos que a pessoa esteja mergulhada em água destilada, a comum geralmente é mais condutora do que o corpo humano, de forma que a corrente fluirá do secador de cabelo para o solo através da água. Isso se deve à condutividade dela.
  • Balas de gelo para matar alguém sem deixar rastros simplesmente não existem na vida real.
  • Quando se cai de um lugar alto, não é possível segurar-se em algo. Durante a queda, ganha-se muita velocidade e a força dos dedos não é suficiente para frear e parar.
  • A gasolina é muito volátil, então quando alguém a despeja em alguma coisa nas cenas de filmes e depois sai andando devagar após atear fogo com um isqueiro, não passa de ficção. Na vida real, isso pode causar queimaduras nas mãos ou nos olhos.
  • O clorofórmio não é capaz de adormecer uma pessoa instantaneamente, por isso é inútil colocá-lo em um pano e forçá-lo contra o rosto. Essa substância realmente pode fazer perder os sentidos, mas isso levará pelo menos 5 minutos.
  • Frequentemente os heróis de cinema costumam conversar perto de um helicóptero funcionando. Mas, na realidade, falar com alguém nessas circunstâncias não seria tão fácil assim, pois o nível de ruído do motor e das hélices não permitiriam ouvir nada.
  • O detector de mentiras não consegue indicar se uma pessoa está dizendo a verdade ou não. Ele apenas auxilia em medir nervosismo de alguém ao ser questionado, e, às vezes, pode indicar alteração mesmo que o indivíduo submetido ao teste não esteja mentindo. Além disso, em muitos filmes é mostrado como alguns personagens enganam o aparelho colocando um objeto no sapato e o pressionando a cada pergunta. Supostamente, a dor interromperá a reação do cérebro em relação à veracidade ou não da resposta. No entanto, não é bem assim que funciona: um botão, alfinete, prego ou qualquer objeto deveria ser bastante longo e afiado para machucar com o mínimo de pressão uma pessoa. E, nesse caso, os movimentos precisariam ser quase imperceptíveis. Somente assim é possível que os sensores não percebam a reação causada pelos batimentos cardíacos e a respiração.

Você já percebeu alguma outra inconsistência em filmes que já viu? Conte para a gente na seção de comentários.

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