10 Fatos sobre Veneza que poucas pessoas conhecem

As pessoas acreditam que Veneza é uma cidade super-romântica, mas elas não estão totalmente certas: basta conhecer a velha Veneza para que, lentamente, essa “máscara” comece a cair, revelando seus mistérios sombrios.

O Incrível.club decidiu mostrar essa cidade como os venezianos a veem, e não apenas como ela é na visão dos turistas.

Em Veneza há um cheiro horrível?

Em Veneza não há drenagem e inclusive há quem diga que não há nem encanadores. Todo o lixo é jogado diretamente nos canais. Porém, eles foram projetados de tal forma que a maré transporta o lixo das águas residuais para o mar, para que as ruas estejam sempre limpas. Mas durante tempestades pesadas, de fato, algum cheiro pode surgir. Geralmente a opinião dos turistas em relação ao cheiro de Veneza tem dois pontos de vista: alguns sentem simplesmente um aroma de frescor, e outros de água pútrida. Para evitar o mau cheiro, recomendamos que você viaje no inverno.

As máscaras não foram criadas para entreter

Aproximadamente no século XVII foi inventado o costume de usar máscaras para proteger a identidade, já que a cidade é muito pequena. Eram utilizadas pelos amantes que queriam discrição ou por pessoas que precisavam comprar medicamentos para combater doenças consideradas vergonhosas.

Mais tarde, porém, alguns perceberam que esconder o rosto podia ser útil para tratar de assuntos escusos, visto que algumas máscaras até modificavam o tom de voz. Por isso, passaram a utilizá-las para ir a bordéis e a locais de jogos de azar além de poderem vestir-se de maneira provocativa. A partir daí começou a decadência de Veneza.

Devido a isso, foi decidido usá-las apenas em determinados meses. Com o passar do tempo, o costume tornou-se um carnaval veneziano.

Uma máscara diferente para as mulheres

Durante um tempo em Veneza, havia essa máscara para as mulheres, que, à primeira vista, é difícil compreender como se fixava no rosto. Chamava-se “moretta”, às vezes também chamada de “a empregada silenciosa” ou “o prazer dos maridos” pois, dentro dela, havia um tipo de botão especial que as mulheres seguravam entre os dentes, fazendo com que elas ficassem mudas. Isso aumentava o mistério.

Os canais são possivelmente ruas antigas

Muitos pensam que Veneza é apenas uma cidade com um grande número de canais. Na realidade, a cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. O mais provável é que esse local estranho tenha inundado em algum momento. Ao observarmos o grande canal, podemos ver que lembra uma avenida submersa. Outra curiosidade: Veneza tem o formato de um peixe.

Aqui existem muitas restrições

Em Veneza é proibido:

• Alimentar os pombos, que são muitos (multa de 50 a 200 euros);
• Sentar-se ou deitar-se na praça de São Marcos, exceto em lugares especiais para isso (multa de 200 euros);
• Além disso, está proibido comer nessa praça (multa de 200 euros);
• Nadar nos canais (multa de 500 euros);
• Passear de bicicleta, scooters e skate pelo centro da cidade (multa de 100 euros).

Como são feitos os enterros em Veneza

Os finados são transportados em gôndolas funerárias para a sombria ilha de São Miguel. A cada 7 ou 10 anos, os restos são exumados e as urnas cinerárias são colocadas em um columbário. Dessa forma, a ilha terá espaço suficiente para novos corpos.

Isto não é Itália

Muitos já perceberam que Veneza não se parece com outras regiões da Itália. E eles estão certos: por muito tempo — do final do século VII até 1797 — era um estado autônomo, bastante grande e poderoso, chamado República de Veneza, que após as guerras napoleônicas entrou em decadência. Assim, a república se uniu ao Império austríaco e, mais tarde, entrou no reino da Itália.

Sendo assim, é melhor não pedir pizza ou espaguete em Veneza, é mais indicado experimentar um pouco da comida local.

Veneza tem sua gêmea

Preste atenção às fotografias: uma das duas não é Veneza.

Em 1999, foi inaugurado o cassino “Venice”, em Las Vegas, EUA. Pontes, casas e canais foram construídos em torno dele, além de gôndolas com “gondoleiros”. Algumas pessoas afirmam que gostam mais da Veneza americana do que da original. A propósito, a verdadeira “Rainha do Adriático” é mostrada na foto acima.

Água alta

Muitas vezes, Veneza “afunda” (sua maré aumenta) e esse fenômeno tem o nome de “acqua alta”. Anteriormente isso era observado apenas 9 vezes por ano, agora acontece cerca de 100 vezes.

Além disso, o primeiro lugar que sofre desse fenômeno é a famosa praça de São Marcos, já que é o lugar mais baixo da cidade. Pode ser que na parte da manhã você consiga passear tranquilamente, à tarde a água atinja seus tornozelos e, em poucas horas, tudo volta ao normal.

Veneza está morrendo ou talvez já esteja morta

Não, não estamos dizendo que ela afundará lentamente, ano após ano. Isso geralmente é uma enganação para atrair mais turistas, afirmando que precisam visitar a cidade logo ou não terão a oportunidade de conhecê-la.

O que acontece é que, em 2009, ativistas realizaram o funeral de Veneza: ao longo do Grande Canal na direção da Administração, navegou uma procissão carregando um caixão junto à bandeira veneziana. A intenção era chamar atenção para o fato de que o número de habitantes da cidade cai a um ritmo catastrófico, por estarem sufocados pelos turistas. Na ilha de Veneza, existem apenas 55 mil nativos e dizem que dentro de algumas décadas ela se tornará uma cidade-fantasma. Existe até uma “piada”: dizem que os principais habitantes de Veneza são turistas.

De qualquer forma, essa é uma das cidades mais extraordinárias e belas da Terra, que parece ter parado no século XX, mas ainda hoje é tão deslumbrante quanto naquela época. Não deixe de visitar Veneza! É como um portal para outro tempo!