9 Animais que podem voar mesmo sem ter asas

Animais
há 3 anos

Ter liberdade para cruzar o céu em voo livre é um sonho tão antigo quanto o próprio homem. É por isso que, ainda hoje, uma das maiores invenções da humanidade são as aeronaves. Mas, você sabia que nem sempre é necessário ter asas para voar?

Aqui no Incrível.club estamos sempre procurando alternativas para ganhar os céus! A seguir, vamos mostrar nove animais que podem fazê-lo sem bater as asas (que eles nem têm, na realidade!). Quer saber como eles fazem? Confira com a gente!

1. O esquilo voador (Pteromys volans)

Ele nem é tão raro quanto parece! No mundo, são mais de 45 espécies de Pteromyini — o nome científico dessa tribo de esquilos que tem a capacidade de voar.

De hábitos noturnos, esse roedor fofinho tem, além dos olhos grandes, uma anatomia bem diferenciada. Uma membrana liga as patas traseiras às dianteiras. Com isso, ele consegue fazer voos planados, geralmente de uma árvore para outra.

Apesar de não ter habilidade em se locomover no solo, justamente por causa das membranas entre as patas, o esquilo voador pode se manter no ar por distâncias de até 80 metros. É um voo e tanto, hein!

2. Arraia Jamanta (Mobula Birotris)

Se você estiver pensando em passar as férias na Costa Rica, há uma grande possibilidade de ver uma arraia em pleno voo. A espécie, chamada de Arraia Jamanta, é predominante naquela região.

No entanto, ela está em diversos pontos do globo! A arraia voadora é muito comum no Mar Mediterrâneo e nos arredores das ilhas dos Açores, onde é chamada de manta ou morcego-do-mar. E não é que ela se parece mesmo com um morcego, em proporções muito maiores, é claro!

A arraia voadora pode chegar a medir até sete metros de envergadura. Ela pesa mais de uma tonelada, mas quando resolve sair para um passeio acima da superfície, é impressionante ver a desenvoltura dessa gigante!

Em geral, ela consegue voar, batendo suas “asas” a até dois metros de altura. Para completar o espetáculo, as arraias sempre andam em grupos e costumam dar giros no ar. Um belo espetáculo, não é?

3. Um peixe-voador (Exocoetus Volitans)

E já que estamos no mar, que tal conhecer um peixe capaz de voar por até 50 metros na superfície da água? O peixe-voador é comum nas águas tropicais e subtropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.

Com apenas 25 centímetros de comprimento, ele consegue se sustentar no ar e voar a até 70 km/h, abrindo as barbatanas peitorais, que ficam parecidas com asas. Antes de decolar, ele nada em alta velocidade bem próximo à superfície do mar.

O corpo azulado, as barbatanas avermelhadas e as manchas prateadas nas laterais do corpo garantem ainda mais brilho ao voo desse belo exemplar dos oceanos, que conta, ainda, com outra ajudinha da natureza: a cauda bipartida, que funciona como leme e motor de popa.

4. A rã voadora (Rhacophorus Nigropalmatus)

Original do sudeste da Ásia, essa pequena rã pode voar até 15 metros no melhor estilo paraquedista. Essa característica faz com que ela também seja conhecida como rã paraquedas.

Devido a uma membrana que possui entre os dedos, ela consegue se deslocar no ar com facilidade. Assim, ganha habilidade para escapar dos predadores.

Essa espécie vive exclusivamente nas árvores e desce ao solo apenas na época da reprodução, para colocar os ovos. Por ser pequena — não ultrapassa os 10 centímetros — e com os pés relativamente grandes, ela consegue mais estabilidade na aterrissagem.

Se encontrar alguma rãzinha pelo caminho e ficar em dúvida se ela é ou não uma rã voadora, você só precisa observar a coloração. Essa espécie é verde-brilhante e tem manchas amarelas nas laterais. Quer mais uma dica? As membranas interdigitais são normalmente bem escuras.

5. O lêmure voador (Galeopterus variegatus)

Ele parece um personagem de desenho animado. As pequenas orelhas quase coladas aos grandes olhos fazem dessa espécie de lêmure um tipo bem “diferentão”. E, como se não bastasse, ele ainda é capaz de voar — sem ter asas!

colugo (este é o nome real dessa fofurinha!) é considerado um mamífero escalador. De médio porte, ele raramente ultrapassa os 45 centímetros de comprimento e tem uma habilidade inusitada: ele pode realizar pequenos voos, planando no ar.

Apesar de ser essencialmente escalador, esse não é o ponto forte do lêmure voador. A razão dessa dificuldade é a extensão das membranas que saem da omoplata, passam pelas patas dianteiras e se estendem até os dedos traseiros.

É essa estrutura que permite ao pequeno mamífero alçar voos de até 60 metros entre as árvores. Incrível, não é?

6. Uma formiga paraquedista (Cephalotes atratus)

Quando for passear por florestas tropicais na América do Sul ou na América Central, olhe para cima! É na copa das árvores que vive uma espécie de formigas que, mesmo sem asas, são capazes de executar decidas verticais controladas.

Com quase um centímetro de comprimento, são as patas traseiras achatadas que garantem estabilidade na aterrissagem. A formiga voadora usa o que chamamos de voo para evitar cair no solo, onde seria presa fácil de muitos predadores.

Na descida, uma formiga voadora pode atingir uma velocidade de até quatro metros por segundo. Para evitar cair no chão, ela faz movimentos abdominais para se orientar no ar e usa a cabeça achatada como leme.

Uma obra de engenharia aérea perfeita, concorda?

7. A serpente que voa (Chrysopelea Paradisi)

Imagine conseguir flutuar até 24 metros no ar só com o controle dos músculos... É isso que esta simpática cobrinha consegue realizar!

Original do Sudeste asiático, ela tem em torno de 80 centímetros de comprimento e se alimenta de pássaros, morcegos e lagartos. Diferente dos outros animais que vimos ao longo do post, a cobra-voadora não possui nenhuma estrutura diferenciada que facilite o voo.

Ela consegue essa façanha utilizando uma grande força de decolagem — produzida endireitando as curvas laterais do corpo — e o formato achatado em seu benefício, reconfigurando sua forma durante o voo para atingir o ponto desejado.

Sua aerodinâmica é tão sofisticada que é usada como base de estudos para soluções na indústria aeronáutica e até em estratégias militares.

8. Lagarto voa? (Draco)

Este voa! Na verdade, o correto é falarmos “estes voam”, no plural. Isso porque até hoje já foram catalogadas 31 espécies de lagartos-voadores. Comuns nas florestas tropicais da Ásia e Índia, incluindo as Filipinas e Bornéu, eles têm corpo alongado que permite voos de até 34 vezes o próprio comprimento.

Assim, um lagarto de 20 centímetros pode se manter no céu por até 8 metros, aproximadamente. Mas há registros de alguns voos que passam dos 60 metros de alcance. Habitante usual das árvores nativas, ele se alimenta de formigas e cupins e se desloca usando a técnica de planar para se deslocar na floresta, voando entre as árvores.

Ao contrário dos animais alados, o lagarto nunca voa sob a chuva ou vento. E, por mais contraditório que pareça, para decolar, ele aponta a cabeça na direção do solo e, então, salta.

Já no ar, estende as patas dianteiras e traseiras e projeta uma membrana que garante a estabilidade do voo. Algumas pregas na pele do pescoço também se abrem e aumentam a área de sustentação para o corpo do lagarto-voador.

9. O dragão-voador (Draco Volans)

Para fechar nossa lista, que tal conhecer um pouco mais desse animal quase mitológico? A espécie mais conhecida do gênero Draco é o Dragão-voador — o Draco Volans — que, assim, como os parentes, é capaz de planar no ar em voos que podem atingir oito metros de distância.

Um diferencial nessa espécie é que, enquanto as fêmeas voam entre árvores em busca de insetos para alimentar a família, os machos costumam planar ao redor do local onde vive para marcar o território.

Além disso, eles raramente descem ao solo. Mas, se isso ocorre, as membranas utilizadas como “asas” também garante agilidade para se locomover de forma deslizante em terra firme.

Draco volans mede entre sete e 15 centímetros e conta com uma barbela na região lateral do abdome. Durante o voo, essa estrutura se abre simulando um pequeno paraquedas que dá sustentabilidade ao corpo do lagarto, em um colorido balé entre os galhos das árvores.

E você, conhece algum outro animal que ganhou um empurrãozinho da mãe-natureza para voar mesmo sem ter asas? Qual das nossas curiosidades acima mais te impressionou? Conte para a gente nos comentários.

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