12 Raças de cães da América Latina que são uma linda herança para o mundo

Animais
há 3 anos

De raça ou não, todos os cães merecem ser amados e cuidados. No entanto, existem alguns que as pessoas procuraram mais, pois, graças a eles, descobriram uma parte importante da história do lugar onde vivem. Resgatá-los e preservá-los revela dados valiosos de uma comunidade, mas também amplia as histórias dos cachorros mestiços que vemos diariamente. Eles nos dão uma ideia de onde vêm suas características e até de seus comportamentos.

No Incrível.club queremos celebrar a beleza de algumas raças de cães latino-americanos. Já sabe de quais falamos? Se você tem um em casa, significa que é um sortudo! Se não for o caso, mas encontrar um desses para adoção, não pense duas vezes.

1. Dogo argentino

Originário da região de Córdoba, na Argentina. Seu criador foi o Dr. Antonio Nores Martínez, quando buscava uma raça para auxiliá-lo na caça de javalis, pumas e espécies que dificultavam o trabalho de agricultores e criadores de gado da região.

Como foi concebido para trabalhar em grupo, aprendeu a socializar muito bem com outros cães e a realizar atividades para desenvolver seu forte instinto de proteção. Um animal com muita energia, o que faz dele um grande atleta.

2. Fila brasileiro

É conhecido desde os tempos antigos, quando andava por todas as regiões do território protegendo as comitivas dos tropeiros, encarregados de conduzir o gado pelos campos. No século XIX, era chamado de “cabeçudo” por sua notória cabeça grande e chata.

Outra das características desse cachorro, e que ainda persiste, é a fidelidade, pois busca muito a companhia de seus amigos humanos. Também é extremamente tolerante com crianças, corajoso e dócil.

3. Terrier brasileiro

Segundo uma das teorias sobre sua origem, este pequeno, informalmente conhecido como fox paulistinha, resultou do cruzamento de cachorros europeus da raça terrier, que chegaram ao Brasil nas caravelas vindas da Espanha entre 1580 e 1640. Era utilizado para a caça de roedores, especialmente em armazéns e fazendas.

Os cães da raça se diferenciam por serem atentos, ativos e espertos. São amigáveis e gentis com os conhecidos, mas desconfiados com estranhos.

4. Cão-pelado-peruano

Este cão tem tantos nomes em seu país de origem (calato, chimo, chimoc, chimú, inca) quanto seguidores. Após ser salvo da extinção, atribuíram-lhe, em 2000, um papel importante na história mexicana, sendo declarando patrimônio cultural nacional.

A ausência de pelos despertou curiosidade em peruanos de diferentes épocas e foi representado em peças de cerâmica e pinturas iconográficas. A raça sempre foi retratada como companheira. Seu temperamento não mudou: é um animal gentil e carinhoso.

5. Bichon havanês

Proveniente da região mediterrânea ocidental, desenvolveu-se em Cuba graças a capitães italianos que o levaram para lá. Hoje em dia, este cão peludo leva o nome do adjetivo pátrio da capital do país.

É carinhoso, engraçado e brincalhão. O havanês, ou havanese, como também é conhecido, é uma bela companhia, principalmente para as pessoas mais velhas, com as quais costuma ter maior empatia.

6. Cimarron uruguayo

Seu nome vem de um vocábulo antigamente utilizado na América hispânica para descrever aqueles que não aceitavam as regras dos colonizadores e se refugiavam no alto das montanhas e nos vales. O cimarron é fruto de anos de sobrevivência às diversas condições naturais, enfrentadas após ser deixado à própria sorte pelos espanhóis que o levaram para o continente americano.

Mais tarde, os habitantes locais o aceitaram, transformando-o em um símbolo da luta de independência. Agora, o cão, cujas orelhas parecem com as de um puma, devido ao corte feito quando filhote, é convidado especial em um dos desfiles mais importantes do Uruguai.

7. Cão-pastor peruano

Também conhecido como pastor chiribaya, é uma raça pré-colombiana identificada graças a 43 múmias de cachorros descobertas em 2006. Com esta pesquisa chegou-se à hipótese de que alguns dos cães peruanos de hoje são descendentes do chiribaya, que era utilizado para o pastoreio de rebanhos de lhamas.

8. Chihuahua

É o menor cão do mundo e um dos mais antigos da América. Seu nome, segundo uma das versões, deve-se ao estado mexicano de Chihuahua onde seu predecessor, o techichi, que vivia na natureza, foi capturado e domesticado pela civilização Tolteca.

atual é menor e não pesa mais de três quilos. É esperto, atento, inquieto, corajoso e às vezes age como um cachorro grande.

9. Pelado-mexicano

Este cão nativo do México e da América Central foi um companheiro incondicional desde os tempos antigos. De fato, seus donos mexicanos acreditavam que ele os acompanharia no caminho para o local do eterno descanso. Na mitologia do país, era o deus da transformação, do monstruoso e da morte.

Seu nome, Xoloitzcuintle, tem origem na língua náhuatl: xólotl, que quer dizer estranho ou disforme; e itzcuintli, que significa cachorro. Caracteriza-se por seu corpo sem pelo, mas também por ser silencioso, tranquilo, alegre, atento e muito inteligente.

10. Calupoh

Também conhecida como wolfdog mexicano, esta raça peculiar surge como um hibridismo entre o cão e o lobo cinza, graças à semelhança entre as duas espécies. O primeiro caso documentado de um exemplar foi registrado em 1999, quando a Federação Canina Mexicana a reconheceu como a terceira raça nativa do país.

Foi um animal com um grande significado espiritual na época pré-hispânica. Hoje em dia, está no grupo de cachorros de pastoreio. É versátil, capaz de adaptar-se a qualquer atividade. Também é muito ágil, dinâmico e sempre quer agradar seu amigo humano.

11. Cão-pastor Magellan

cão-pastor Magellan é uma raça chilena, especificamente da região de Aysén e Magallanes. Sua origem remonta a 1897, quando documentos históricos mencionaram algumas de suas características e seu grande valor para a comunidade, por suas habilidades no pastoreio.

Hoje em dia, a raça continua sendo a favorita de muitas pessoas para o trabalho com rebanhos na Patagônia.

12. Sabujo fino colombiano

Este cão mediano, de bom olfato, pelo curto, olhos amendoados e longas orelhas, foi reconhecido pelo Club Canino Colombiano como a raça do país depois de 2015, quando foram localizados mais de 150 exemplares com características similares. O animal é resultado da evolução dos sabujos, introduzidos por europeus de 1492 até 1830, usados principalmente para caçar.

Até hoje, criadores trabalham para aumentar o número de exemplares da raça.

Você tem um desses cachorrinhos em casa? Sabia que a origem deles é latino-americana? Mostre-nos o seu animal de estimação nos comentários.

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