20+ Pessoas entenderam ainda na infância que a vida pode ser injusta

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há 3 anos

A injustiça magoa até um adulto e pode deixar uma cicatriz no coração de uma criança para sempre. Às vezes, as mágoas da infância são tão fortes que os momentos do passado são revividos 30-40 anos depois.

Nós, do Incrível.club, nos solidarizamos com todos os heróis das histórias, os quais enfrentaram a desonestidade das pessoas ainda na infância. E esperamos que algum dia consigam superar essa dor e comecem a viver com a mente livre.

  • Pré-escola. Na hora da soneca precisei ir ao banheiro. Pedi à minha professora para sair, voltei e dormi. Enquanto todas as crianças se vestiam para ir à cantina depois da soneca, uma menina disse ter perdido seu anel com uma pedra azul. Enfim, fui acusada: “peguei enquanto todos dormiam”. Chorei de mágoa, ninguém acreditou que eu não o havia roubado. No dia seguinte a neta da nossa professora, mais velha que nós, apareceu com um anel igual. “Ganhei da minha avó!” — disse com orgulho no recreio. © “Подслушано” / VK

  • Na primeira série, tivemos um encontro com Yuri Gagarin, no Palácio dos Pioneiros. Havia rumores que haveria brinquedos inimagináveis e o próprio Gagarin! Foi em 1961. Devíamos vestir o uniforme escolar: uma blusa branca e uma saia azul. Eu não tinha uma saia azul, portanto coloquei uma de xadrez. Minha professora disse que quem não tinha uniforme, não iria ao Palácio. Só duas meninas não puderam ir. A outra garota chorou, e a levaram, e só eu da minha turma faltei ao encontro. Passaram-se muitos anos, mas até agora estou magoada e não entendo qual foi a minha culpa. © Muxa Sibi / Facebook

  • Na quinta série, mudei de escola. Minha nova professora de russo e literatura não gostou de mim desde que nos conhecemos, não sei por quê. Uma vez ela devolveu nossos cadernos com um ditado corrigido, mas não o meu. Ela me acusou de não entregar o caderno, e me deu nota quatro. Cerca de uma semana depois, ela trouxe meu caderno, todo sujo de café, o jogou na minha mesa se desculpando: “Achei em casa, mas não posso desfazer sua nota”. Até agora não entendo o que eu fiz de errado, nem o motivo dela não gostar de mim. © “Подслушано” / VK

  • Um dia meus pais foram a uma festa e me deixaram na casa de minha tia para ela cuidar de mim. Levei o livro do Harry Potter. Minha tia o pegou e o queimou, e no dia seguinte disse aos meus pais que eram “péssimos” por me deixavam ler esse tipo de literatura. Reclamei da atitude da minha tia, mas eles responderam: “Sua casa — suas regras! Aceite isso!” Nem preciso dizer que o livro era da biblioteca, e levei a maior bronca do bibliotecário. Minha tia nunca me pediu desculpas. © Lucas Cornwall / Quora

  • Minha mãe e minha tia brigavam frequentemente por ninharias e faziam as pazes facilmente. Meu primo e eu ignorávamos as brigas e sempre brincávamos juntos. Uma vez, na Páscoa, eu estava sozinha em casa porque minha mãe trabalhava. Meu primo veio e disse: “Vamos à minha casa? Hoje é feriado, minha mãe fez uma festa!” Fomos lá. Foi muito divertido. Havia muitos convidados, inclusive nossa avó. Minha tia me viu e disse com surpresa: “Basta ter uma festa com muita comida e ela já está por aqui. Sempre morta de fome”. Todos os convidados riram. Saí de lá e corri para casa sufocando de tanto chorar. Não entendi por que ela fez isso? Tanto minha própria tia quanto minha querida avó, riram de mim com os outros! Sim, minha mãe trabalhava, e eu, talvez, estivesse com fome, mas nunca mendiguei. Já as perdoei, mas ainda não entendo esse ódio por mim, uma criança de sete anos. © Лилия Марсодола / Facebook

  • Meus pais se separaram. Meu pai dava presentes em todos os Natais e aniversários só para o meu irmão mais velho, nunca me deu nada. Quando crescemos, papai sempre me ligava para pedir dinheiro porque apenas eu trabalhava. Bloqueei ele. © OminousOmnipotence / Reddit

  • Eu estudava na pré-escola. Uma ocasião, nos levaram a uma Escola de Música para um concerto, onde participamos de um jogo de perguntas e respostas. Respondi corretamente e ganhei uma Barbie loira, em uma caixa rosa e bonita. Eu nunca tive uma boneca parecida porque era muito pobre. Voltamos à escola e minha professora pegou a boneca e a colocou na prateleira mais alta da estante, para servir de enfeite. E ela proibiu qualquer um de brincar com o meu presente, que ficou naquela estante até a minha formatura. Chorei muito naquela noite! Minha mãe não foi resgatar a boneca e prometeu comprar outra no dia seguinte, mas nunca comprou. © Tianko / Pikabu

  • Ainda estou zangada com as injustiças da minha infância quando minha avó, a mãe do meu pai, separava “filhos” e “enteados” dele. Minha mãe se casou com meu pai quando ela já tinha meu irmão caçula e eu, de cinco anos. Infelizmente, minha avó não considerava os filhos enteados como ’verdadeiros’. Ela preferia os do pai: dava presentes para minha irmã caçula e meus irmãos sem nenhuma data comemorativa e para nós, mais velhos, nada. Contudo, graças a essa experiência, me tornei uma boa avó e não separo os netos biológicos dos adotados. Meu marido tem uma filha e eu, dois filhos. Tratamos cada um como se fosse um presente precioso. © Cheryl Dwyer / Quora

  • Quando eu tinha oito ou nove anos, minha mãe pegou todos os meus brinquedos, livros e videogames dizendo que eu não os apreciava o suficiente. Pensei que devolveria mais tarde, mas errei: ela jogou tudo fora e nunca mais os vi. © Carameldelighting / Reddit

  • Quando eu estava com cinco ou seis anos, tivemos uma aula de música na pré-escola. Nossa professora saiu, e estávamos perto do piano. Todos abriram o instrumento e tocaram nas teclas. Obviamente, toquei também. E só eu fiquei de castigo. Me colocaram fora da sala. Fiquei brava, me vesti e fui para casa. Estava nevando muito, por isso minha mãe saiu mais cedo do trabalho. Tive de atravessar a rua principal da cidade, e o semáforo não funcionava. Mas consegui chegar em casa. Minha mãe estava, no mínimo, chocada. Meia hora depois minha professora apareceu. Se eu não tivesse saído do meu quarto, minha mãe poderia ter feito piada com ela pelo meu desaparecimento, ela sabe provocar muito bem. Até agora me arrependo de ter saído do quarto. © Оксана Цыганкова / Facebook

  • Sou a mais velha de três irmãs. Meus pais sempre me obrigavam a cuidar delas. Quando alguma fazia arte e não obedecia, adivinhem quem era a culpada? Não me lembro de alguma ocasião em que não fui acusada por ’obras’ delas. Sempre amei minhas irmãs, mas me sentia como se estivesse perdendo algo. Apenas adulta entendi quanto peso meus pais colocaram nos meus jovens ombros.© Susan Jones / Quora

  • Quando eu era criança, sonhava em ter uma bicicleta. E no dia 23 de junho de 1997, no meu aniversário, a irmã da minha avó e seu marido me levaram à feira em outra cidade. Que milagre! Fomos a uma loja onde vendiam bicicletas. Olhamos uma, outra... quinta. Escolheram e disseram: “Senta lá! Está confortável?” Eu, louco de tanta felicidade, disse estar tudo ótimo. Sentia tanta alegria, prazer e satisfação, que não dava para segurar. Enquanto os parentes pagavam, eu disse: “Quando chegarmos em casa, todos vão ficar surpresos que ganhei uma bicicleta!” Responderam: “Não é para você, é para a Ana (outra parente)”. Lembro-me que fiquei calado e não disse uma palavra na volta. Não chorei, apenas fiquei olhando pela janela. Cheguei em casa, fui para o meu quarto e fiquei lá o dia todo. Passaram-se 23 anos, já tive seis bicicletas de várias marcas, mas nunca vou me esquecer daquele momento. © WarmasterHorus / Pikabu

  • Achei uma lagarta bonita em um parquinho, coloquei-a em um vidro e levei para meu professor de biologia que colecionava insetos. Ele nos dava pontos extras por trazermos besouros e borboletas diferentes. Mais tarde me chamou e disse que eu não ganharia pontos extras porque outra menina e uma amiga dela disseram ter achado a lagarta primeiro e que eu a tomei delas. Dois contra um. Eu parecia ser mentirosa. Perdi os pontos e a confiança do professor. © imnotacrazyperson / Reddit

  • Na primeira série, fizemos cartões do Dia das Mulheres para nossas mães seguindo o modelo do nosso professor: tivemos de colar as flores iguais as dele, desenhar a moldura e não inventar nada. Achei esse trabalho injusto e chato. Escolhi o papel de outra cor, outras flores, em vez de desenhar a moldura com linhas retas, fiz com linhas curvas que me pareciam mais bonitas e festivas. Todas tiraram dez, e eu fui repreendida. Minha mãe ficou chateada e jogou meu cartão fora dizendo que eu era preguiçosa e não tinha me esforçado. Chorei dizendo: “Mamãe! Eu queria fazer algo especial!” Artista, 30 anos. © “Подслушано” / VK

  • Na terceira série, fui convidado a participar de uma competição de corrida e de pular corda. Eu era, sem nenhum exagero, um mestre. Logo no início deixei os meus rivais bem para trás, mas uma juíza estranha, e imagino que cega, não notou. Ela foi até um dos meus rivais e disse: “Este é o meu vencedor!” De acordo com as regras da competição, um juiz escolhia um atleta para o primeiro lugar, outro juiz — para o segundo, etc. Fiquei com o segundo lugar. Quando voltei à arquibancada, meu professor disse: “Sam, você estava na frente”. Fiquei extremamente indignado! © Sam Austin / Quora

  • Minha história aconteceu em 2008. Eu tinha oito anos e minha mãe comprou um cofrinho para eu “economizar e juntar” dinheiro. Eu guardava as moedas que pedia para todos: convidados, minha mãe e meu padrasto. E meu pai me dava todas as moedas que tinha depois dos passeios. Juntei esse dinheiro durante seis-oito meses e queria comprar um computador para jogar. Um dia, voltei da escola e não achei o dinheiro no cofrinho, mas notei um sofá novo na sala. Minha mãe disse ser a minha “contribuição” para a nossa família. Desde então, sempre que juntava algum dinheiro, o escondia da minha mãe. © Iskander61 / Pikabu

  • Na infância, minha mãe frequentemente presenteava nossos conhecidos e parentes com meus brinquedos sem me perguntar. Aos 15 anos, eu tinha apenas três brinquedos pelos quais lutei e que eram preciosos para mim. Um dia, nossos parentes do interior vieram nos visitar, e, enquanto eu não estava em casa, minha mãe lhes deu meu pequeno coelho azul, uma lembrança do meu primeiro amor da pré-escola. Não faço ideia como ela o achou, eu o escondi muito bem. Até hoje me lembro das palavras dela: “Mas eu precisava dar algum presente!” © “Подслушано” / VK

  • Quando eu tinha 13 anos, o dinheiro dos meus pais ‘evaporou’. Eu sabia onde era o esconderijo, mas nunca peguei nada de lá. Minha mãe perguntou: “Você pegou o dinheiro? Confessa!” Não peguei. Ela insistia tanto que gritei de raiva: “Que reapareça logo!” E minha mãe escutou: “Que desapareça logo!” e aí começou... Descobri que eu era ingrata, não ganhara nenhum centavo, não tinha nada meu em casa e tudo mais... Alguns dias depois acharam o dinheiro: minha mãe o escondeu em outro lugar e simplesmente se esqueceu. Mas ninguém me pediu desculpas.

  • Quando estava na sétima série achei na rua uma caneta Parker bem legal. Na época custava 45 reais. Durante a aula de Física fui perguntar algo para minha professora, ela pegou minha Parker e escreveu algumas fórmulas. Então, saí da sala sem o meu achado, simplesmente esqueci de pegar de volta. Notei apenas em casa. No dia seguinte fui à sala dela e vi que ela escrevia com a minha Parker. Falei que, por acaso, havia esquecido a caneta, mas ela respondeu que não sabia de nada e aquela era sua. Saí sem nada. Desde então, comecei a detestar Física e me lembro dessa mulher desonesta até hoje. © nord2492 / Pikabu

  • No segundo grau, tivemos um professor novo bem bonito. Naquela idade, eu sonhava em ser uma pintora e não pude deixar de desenhar um rosto daqueles, e o fiz na aula. O retrato ficou tão bom que presenteei meu professor. Eu ainda não sabia que ele tinha uma personalidade duvidosa. Quando viu o retrato, pensou que eu estivesse rindo dele, pegou o papel e meu braço para me levar à diretoria. Felizmente, no caminho encontramos meu professor de Defesa Militar. “Imagine só! — reclamou o historiador — Ela fez o meu retrato. O que você faria se fosse eu?” O coronel deu uma olhada para mim e disse: “Daria nota dez!” Sempre rio dessa história. Era só o que me faltava: destruir a própria vida por um mau-caráter! © Nino Orjonikidze / Facebook

Qual foi a maior injustiça da sua infância? Compartilhe conosco nos comentários.

Comentários

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uma vez eu tinha uma pulseira que eu achei que tinha sumido, achei que era o pedreiro, pensei até em ir perguntar à filha dele, dias depois encontrei na caixinha de joias. Quando o encontrei, pedi desculpa e ele n entendeu pq eu nao expliquei o pq

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eu era pequeno e dentuço, ai descobri que a escola não perdoa crianças que tem alguma caracteristica marcante

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eu sempre era a que a professora pedia para anotar o nome de quem fazia bagunça, eu cumpria fielmente, até um garoto prometer me bater... chorei por horas e descobri que as pessoas sao ruins

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muitas vezes a minha mae me fazia cuidar das minhas irmas pequenas e se fizessem m... eu era a culpada... detestava isso

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EU GOSTAVA DE PEGAR MANGA NA CASA DO SEU BALEIA SO QUE ELE DESCOBRIU E FALOU COM A MINHA MAE ENTAO ELA BRIGOU COMIGO

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