10 Exemplos de como um ator pode tanto arruinar um personagem como torná-lo memorável
Os cineastas reimaginam personagens literários famosos, de quadrinhos e figuras icônicas para as telonas com frequência, propondo sua própria visão sobre histórias já existentes. De forma que, claro, resta ao público e críticos decidir qual versão adaptada é melhor.
Nós, do Incrível.club, adoramos discutir sobre cinema e estamos sempre analisando como diferentes atores e atrizes podem interpretar um mesmo herói. Por isso, no nosso artigo de hoje propomos analisarmos juntos quais estrelas se saíram melhor ao reamiginar um personagem. Confira!
1. Branca de Neve
A Branca de Neve interpretada pela estrela de Smallville: As Aventuras do Superboy, Kristin Kreuk, na adaptação de 2001 (Branca de Neve) acabou por ser meiga e até ingênua demais. Apesar do papel não ter trazido algum reconhecimento especial à atriz, foi um grande impulso em sua carreira.
Em uma versão mais cômica do conto de fadas com Lily Colins (Espelho, Espelho Meu, 2012), temos uma interpretação inocente, mas ao mesmo tempo mais vívida e intensa. A atriz conseguiu reinterpretar a personagem de uma nova maneira, tornando uma heroína já conhecida em uma rebelde determinada.
Já a atuação de Kristen Stewart (Branca de Neve e o Caçador , 2012) foi bastante criticada. Alguns consideraram a atriz inadequada para o papel, outros acharam que a estrela de Crepúsculo foi ofuscada pelos seus parceiros de cena, principalmente pela encantadora Charlize Theron no papel da Rainha Má. Também foi levantada a falta de química entre a Branca de Neve e o Caçador. No entanto, em geral, o longa não foi mal, e conseguiu arrecadar 396 milhões de dólares brutos somente nas bilheterias. Vale ressaltar que a sequência do filme, lançada em 2016 sem a participação de Stewart, não obteve o mesmo sucesso comercial.
2. Zorro
O herói mascarado que vem em socorro dos moradores carentes da Nova Espanha já apareceu muitas vezes no cinema. E umas das interpretações mais marcantes do Zorro nas telonas foram as versões de Alain Delon (Zorro , 1975) e Antonio Banderas (A Máscara do Zorro, 1998; A Lenda do Zorro, 2005).
O papel do “Robin Hood sul-americano”, embora bastante incomum para Alain Delon, acabou sendo um sucesso. Naquela época, o ator já era bastante associado à imagem de um herói galã, e a participação nessa produção spaghetti western revelou seu talento de uma nova maneira.
Em 1992, Steven Spielberg decidiu trazer o lendário personagem de volta à vida, e queria o até então pouco conhecido ator espanhol Antonio Banderas para o papel principal no futuro filme. Banderas contou mais tarde em uma de suas entrevistas que Spielberg lhe ofereceu o papel em 1994, na festa anual pós-Oscar oferecida por Elton John. O ator estava gravando o longa Filadélfia, no qual desempenhou um papel menor e concordou alegremente com a oferta.
3. Sra. de Winter
O romance da escritora inglesa Daphne Du Maurier já inspirou muitos diretores, incluindo o mestre do suspense Alfred Hitchcock. Na lista de interpretações, temos a atriz de Hollywood Joan Fontaine (Rebecca, a Mulher Inesquecível 1940), que deu vida à protagonista Rebecca. E em 2020, a Netflix lançou um filme de mesmo nome estrelado pela atriz britânica Lily James.
Para conseguir o papel, Joan Fontaine teve de passar por um tedioso teste de elenco de 6 meses, mas o processo valeu a pena. O longa recebeu ótimas críticas, tornando-se um dos pontos altos nas carreiras de Hitchcock e Fontaine.
Apesar de a última adaptação cinematográfica de Rebecca ter recebido principalmente avaliações médias e até baixas, o desempenho de Lily James foi elogiado pelos críticos.
4. Sara Connor
A participação na primeira parte de O Exterminador do Futuro — uma história sobre o confronto entre um homem e um robô — trouxe fama mundial a Linda Hamilton. E sua participação na continuação, que, aliás, teve muito mais sucesso do que a primeira parte, levou a atriz ao posto das estrelas de primeira magnitude. Com um orçamento de US$ 100 milhões, O Exterminador do Futuro 2 — O Julgamento Final arrecadou US$ 520,9 milhões nas bilheterias, estabelecendo vários recordes.
O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor estrelado por Lena Headey recebeu críticas altamente positivas. Os críticos elogiaram não apenas a excelente execução técnica do filme, mas também o desempenho dos atores, incluindo Lena, que transmitiu magistralmente a natureza dura, engenhosa, porém melancólica e vulnerável de Sarah Connor.
O reboot da franquia com a participação Emilia Clarke em O Exterminador do Futuro: Gênesis, apesar de ter arrecadado uma bilheteria decente, não deixou os críticos muito satisfeitos. O filme foi classificado como “confuso, normal e desprovido de qualquer profundidade”.
5. Evelyn Carnahan
Após o sucesso das duas primeiras partes da trilogia A Múmia (1999 e 2001), a produtora decidiu filmar a continuação da emocionante história sobre a maldição de uma tumba egípcia antiga. Os criadores conseguiram que Brendan Fraser entrasse no projeto, mas Rachel Weisz recusou a oferta devido à agenda lotada.
Ela foi substituída por Maria Bello. E embora A Múmia: Tumba do Imperador Dragão tenha arrecadado pouco mais de US$ 401 milhões nas bilheterias, o público ficou insatisfeito com o filme. A principal reclamação dos fãs da franquia foi a completa falta de “química” entre os personagens principais, principalmente porque havia tanta paixão entre o casal O’Connell das primeiras produções com Weisz que faíscas voavam.
6. Mildred Ratched
A personagem da enfermeira Mildred Ratched do livro Um Estranho no Ninho já foi interpretada no mundo cinematográfico por duas atrizes: Louise Fletcher no filme homônimo de 1975 e Sarah Paulson na série Ratched, lançada em 2020.
Implacável, com sangue frio e agindo como uma máquina, a Ratched, interpretada por Louise Fletcher entrou para a história como um dos vilões mais intimidantes do cinema. A maldade de sua heroína não é física, tudo é muito mais profundo: ela é uma manipuladora hábil, destruindo a moral de seu oponente sem nenhum pudor. Por seu trabalho no filme de Milos Forman, a estrela de cinema recebeu um Oscar, um Globo de Ouro e um prêmio BAFTA, tornando -se a terceira atriz da história (depois de Audrey Hepburn e Liza Minnelli) a receber 3 prêmios de prestígio por um papel de uma só vez.
A série da Netflix é uma espécie de prequela do filme cult, e nela podemos ver o caminho de Mildred Ratched de um anjo a uma notória vilã. Os cineastas e Sarah Paulson tornaram a personagem mais compreensível para o espectador, mostrando não apenas seu lado negativo, mas também seu lado “humano”.
7. Clarice Starling
O filme O Silêncio dos Inocentes (1991), estrelado por Jodie Foster, ganhou as cinco principais categorias do Oscar de uma só vez: melhor filme, diretor, ator, atriz e roteiro. E a química entre Hopkins e Foster em tela, brincando de gato e rato, teve um papel importante no sucesso do longa.
Era um desafio enorme superar a atuação de Jodie Foster, mas dez anos depois Julianne Moore (Hannibal, 2001) ousou substituir a ganhadora do Oscar no papel de Clarice. A pegada de Moore, ao contrário da jovem idealista interpretada por Foster, foi mais seca, cínica e reservada. O filme recebeu críticas mistas. Muitos sentiram que a atriz não conseguiu se adaptar ao papel. Além disso, Moore também foi criticada pelo seu sotaque sulista pouco convincente.
Em 2021, o bastão foi assumido por Rebecca Brides, que estrelou na série Clarice. O novo projeto se concentra na agente Starling e seus medos e demônios.
8. Cécile de Volanges
O papel da freira herdeira Cécile de Volanges, na adaptação cinematográfica do romance de Choderlos de Laclos Ligações Perigosas (1988), foi um ponto de virada na carreira de Uma Thurman e trouxe críticas muito positivas. A atriz de então 18 anos atuou tão naturalmente que caiu perfeitamente no papel da heroína imaculada. É importante também ressaltar o elenco de peso do filme — Thurman contracenou com estrelas como John Malkovich, Glenn Close e Michelle Pfeiffer.
Apenas um ano depois, a imagem da virgem Cécile foi levada novamente às telonas no filme Valmont — Uma História de Seduções (1989), mas desta vez com a atriz Fairuza Balk. E apesar do fato de Colin Firth desempenhar o papel principal, e o diretor Milos Forman já ter ganhado dois Oscars, os produtores não conseguiram repetir o sucesso de Ligações Perigosas. O trabalho recebeu críticas contidas e até negativas, e o The Washington Post classificou o longa como uma “comédia dramática maliciosa”.
Uma adaptação mais moderna do romance, intitulada Segunda Intenções (1999), foi estrelada por Selma Blair como Cécile. O filme foi um sucesso de bilheteria, e as críticas mistas não impediram que ele ganhasse a simpatia do público e se tornasse uma produção cult.
9. Anne Elliot
Anne Elliot já foi interpretada por quatro atrizes. Entre elas estão Amanda Root e Sally Hawkins (Persuasão, 1995 e 2007).
O filme de 1995 foi originalmente feito para o público britânico e americano, mas foi tão bem recebido pela audiência que foi exibido em outros países. O longa também foi elogiado pelos críticos, que enalteceram a atuação sutil de Amanda Root.
Porém, o remake de 2007 recebeu críticas mistas, apesar da resposta calorosa do público. As impressões também divergiram sobre o desempenho de Sally Hawkins.
Uma versão moderna da história está para ser lançada. A Netflix anunciou as filmagens da mais nova adaptação do romance, que será estrelada por Dakota Johnson. Esse será o primeiro trabalho desse tipo para a estrela de Cinquenta Tons de Cinza. E embora a atriz pareça distante da personagem descrita na obra, as primeiras imagens nos dão confiança de que em breve veremos uma versão brilhante de Anne Elliot.
10. Edward Cullen
Certamente, todo mundo já viu o Edward Cullen interpretado por Robert Pattinson. O papel em Crepúsculo (2008 , 2009 , 2010 , 2011 e 2012), embora tenha se tornado um grande avanço na carreira do ator, acabou tendo consequências: Pattinson levou anos para se livrar da imagem do vampiro de pele brilhante. No entanto, hoje é difícil imaginar outra pessoa em seu lugar.
No entanto, em 2010, o público teve a chance de ver um novo Edward, só que agora com o sobrenome Sullen na paródia de baixo orçamento Os Vampiros Que Se Mordam (2010). O papel foi desempenhado pelo ator Matt Lanter, mas poucos foram os que apreciaram a atuação dele. Os críticos destruíram o filme, mas o público ainda assim quis ir ao cinema assisti-lo. No final, o longa se saiu bem financeiramente, arrecadando pouco mais de 80 milhões de dólares na bilheteria mundial.
Na sua opinião, que ator foi melhor em suas interpretações? Conte para a gente na seção de comentários.